Livre quer salário mínimo de 1.150 euros em 2028 e 10% de habitação pública
Henrique Ferreira
O Livre propõe o salário mínimo de 1.150 euros em 2028, igualar o suplemento por serviço e risco da PSP e GNR ao suplemento de missão da PJ e alcançar 10% de habitação pública no programa eleitoral aprovado este domingo.
No XIII Congresso do Livre, que termina hoje no Porto, os membros e apoiantes presentes aprovaram o programa eleitoral para as legislativas de março com 196 votos a favor (95% do total), oito abstenções e dois votos contra.
Do total de 163 emendas apresentadas ao programa, apenas 17 foram rejeitadas.
Entre as medidas propostas pelo Livre está o compromisso de “subida do salário mínimo nacional ao longo da legislatura até aos 1.150” e a revisão das taxas e escalões do IRS, “da atualização do valor de referência do mínimo de existência e da dedução específica, garantindo que não há um agravamento fiscal indireto pelo facto de a inflação não ser incorporada nos limites dos escalões e deduções das famílias”.
PS evita esclarecer se faz acordo com o Livre
No fim do discurso de encerramento de Rui Tavares, João Torres do PS evitou esclarecer se pondera um “acordo à esquerda” que incluía o Livre, mas afirmou que os socialistas desejam “manter e aprofundar” o diálogo com aquela força política.
Ao falar no final da sessão de encerramento do XIII Congresso do Livre, que decorreu este fim de semana no Porto, João Torres explicou que o PS “está focado” em fazer o “melhor resultado possível” nas eleições de março, sem especificar que resultado matemático é esse.
Questionado várias vezes sobre a possibilidade de o PS entrar numa nova geringonça, que incluía agora o Livre, o representante socialista no congresso do Livre não deu, nas várias vezes em que foi questionado sobre o tema, uma resposta direta: “Este não é o momento para falar do que vai acontecer depois das eleições legislativas de março”.