Preocupação com mobilidade no Porto volta a reunir Assembleia Municipal em sessão extraordinária

Preocupação com mobilidade no Porto volta a reunir Assembleia Municipal em sessão extraordinária
| Porto
Porto Canal/Agências

A CDU vê como possível encontrar consensos no executivo da Câmara do Porto para retirar as portagens na Autoestrada (A)41 e na adoção de meios de emergência na Via de Cintura Interna, disse à Lusa Rui Sá.

Segundo o responsável pelo grupo municipal da CDU, que convocou para segunda-feira uma assembleia municipal extraordinária para analisar a mobilidade no Porto, a ideia é fazer “uma reflexão séria dos problemas da mobilidade na cidade, contribuindo para a adoção de medidas que contribuam para a sua melhoria”.

Já dois meses antes, a 20 de novembro de 2023, se realizou uma sessão extraordinária convocada pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, com um ponto único de discussão: “Porto: Caminhos para a Cidade 15 Minutos”.

Questionado pela Lusa se vê como possível encontrar consensos com o executivo liderado pelo independente Rui Moreira, Rui Sá respondeu afirmativamente, indicando os que lhe parecem ser os mais rápidos de obter.

“Creio que há coisas que é possível consensualizar, por exemplo, (…) retirar as portagens da A41, a adoção de meios de emergência na Via de Cintura Interna (VCI) em caso de acidentes ou de incidentes”, começou por responder o antigo vereador do PCP na autarquia portuense.

No mesmo espírito, Rui Sá disse também que “há condições para se propor uma reflexão em torno do alargamento do passe gratuito para os maiores de 65 anos na STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] tal como um acordo para a constituição de uma comissão de acompanhamento da assembleia municipal das várias obras que estão previstas do Metro e do TGV”.

Aqui, contudo, fez um sublinhado: “quando falamos do Metro, não é apenas da Linha Rubi, mas também dos projetos da Linha da Maia II, de Gondomar II e do Estádio do Mar [em Matosinhos] até ao IPO [Instituto Português de Oncologia, no Porto]”.

Num documento com 13 pontos apresentado este sábado em conferência de imprensa, a CDU fez um diagnóstico da situação da mobilidade no Porto, onde insiste na “melhoria do transporte público” numa cidade com um “trânsito caótico”.

Apontando erros nos três grandes investimentos em curso: a Linha Rosa deveria vir ao Campo Alegre antes de ligar à Casa da Música, a ponte sobre o Douro da Linha Rubi deveria ser construída a jusante da solução encontrada e o metro bus deveria passar pelo eixo Campo Alegre/Diogo Botelho (num formato de metro e nunca pela Avenida Marechal Gomes da Costa), a CDU considera essencial um acompanhamento das soluções preconizadas para a sua inserção urbana.

Solução que quer ver também, ao nível do TGV, “que não é só a estação de Campanhã mas, também, a forma de atravessamento do Douro – e, em particular, a forma de amarração do tabuleiro rodoviário -, e a saída de Campanhã para Norte”, lê-se no documento.

A requalificação da Estrada da Circunvalação (Estrada Nacional 12) e o aproveitamento da Ponte Maria Pia para meios suaves de transporte, a duplicação das linhas ferroviárias entre Ermesinde e Contumil, condição para aumentar a frequência e a velocidade de várias ligações suburbanas, fazem também parte dos assuntos a discutir na assembleia municipal.

Na conferência de imprensa, a vereadora Ilda Figueiredo assinalou ainda o início da recuperação de 19 casas degradas do Bairro Sidónio Pais, no Porto, que a “CDU reivindicava desde 2018”.

“São casas municipais que estavam degradadas e que, por isso estão desabitadas, que já estão a ser recuperadas, mas queremos alertar sobre descontentamento de alguns moradores que, devido às características das casas e das obras necessárias, viram as suas habitações ficarem sem teto e sofrerem infiltrações devido à chuva”, relatou a vereadora da coligação.

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