FC Porto: André Villas-Boas apresenta candidatura à presidência
Porto Canal
Antigo treinador do clube concorre às eleições sob o lema “Só há um Porto”
André Villas-Boas é o segundo candidato à presidência do FC Porto. Esta quarta-feira, na Alfândega do Porto, o antigo treinador portista apresentou as linhas gerais do projeto e anunciou a intenção de concorrer às eleições para os Órgãos Sociais do clube que se irão realizar em abril.
Num “passo de grande responsabilidade tomado em consciência com o único propósito de servir o FC Porto”, o associado de 46 anos defende “um FC Porto mais forte, mais competitivo, mais vencedor, dos sócios e para os sócios”. “É tempo de mudança e de o FC Porto se lançar para uma nova fase da sua vida, tempo de construir um futuro ainda mais ganhador assente nos mais elevados princípios de elevação, ética e transparência”, explica.
Prometendo “apresentar os órgãos sociais em detalhe ao longo das próximas semanas, bem como a administração e a direção desportiva”, o sócio número 7.616 assegura que irá revelar os nomes dos candidatos a Presidente da Mesa da Assembleia Geral e a Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar “na próxima semana”.
Para agora ficou a apresentação do programa que defende a existência de “uma direção desportiva competente, experiente, estruturada, profissional e interventiva”, de uma “direção de scouting capaz de identificar, filtrar e escolher o talento de forma criteriosa planeando as equipas a curto, médio e longo prazo, seja na equipa sénior, na formação ou nas modalidades”, de um “modelo de gestão rigoroso capaz de valorizar os ativos” e de um “gabinete de performance que otimiza e potencia o talento em todas as vertentes”.
“Sem medo da emancipação precoce dos jogadores na equipa principal”, a candidatura pretende fazer uma “aposta séria no futebol feminino com o completar dos escalões em falta na formação e no escalão sénior”, “lançar as bases para a criação do futsal no clube, primeiro através da prática nos escalões inferiores e posteriormente até à equipa sénior” e “por fim, construir o Centro de Alto Rendimento para as equipas profissionais no Olival, uma obra que vai permitir maximizar a utilização do CTFD PortoGaia e dotar a equipa principal, B, sub-19 e feminina de uma estrutura adequada ao nível da Liga dos Campeões”.
“Restaurar o equilíbrio financeiro do clube” é outra das prioridades de quem aponta à “otimização de custos, estruturação e renegociação da dívida e iniciativas que potenciem o aumento de receitas”, à “transparência, compliance e boa governança como obrigação” e à criação de um “modelo de gestão aberto que proporciona informação fidedigna de todos os negócios aos sócios”.
“Cortar em mais de 50 por cento a remuneração da administração” também é uma das medidas prometidas por André Villas-Boas, que criticou a situação financeira e a gestão dos ativos desportivos do clube antes de sublinhar: “A estrutura do FC Porto deve ser um baluarte unido formado para a vitória”.
Na vertente social, o antigo técnico quer que o FC Porto tenha “um papel mais ativo, vinculativo e de âmbito alargado na relação com as suas gentes, com a cidade, com a região, com o país, nos quatro cantos do mundo, com os emigrantes e as instituições”, por isso sonha “ver nascer a Fundação FC Porto, uma fundação portadora dos valores do clube para promover o bem, a educação, a saúde, a igualdade de direitos e de acesso às oportunidades”.
“Continuar a apoiar as modalidades num modelo de gestão rigoroso que permita atingir a autossustentabilidade” foi mais uma das garantias deixadas pelo candidato que deseja “promover o espírito do desporto amador criando um fundo que permita comparticipar despesas associadas às inscrições nas diferentes modalidades: em cada sócio um atleta do FC Porto”.
Encarando “o FC Porto como motor de defesa do associativismo”, André Villas-Boas defende “o sócio no centro da comunicação, dignificar a entrega das Rosetas, beneficiar os detentores de Lugar Anual, reformatar os critérios para a atribuição do Dragão de Ouro na categoria Sócio do Ano, modernizar os processos de bilhética e reformatar o Departamento de Casas”.