Presidente de Vieira do Minho diz que antecessor (PS) contratou "a torto e a direito"

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Porto Canal / Agências

Vieira do Minho, 11 ago (Lusa) - O presidente da Câmara de Vieira do Minho acusou hoje o anterior executivo (PS) de ter contratado funcionários "a torto e a direito" antes das eleições, deixando o município com um quadro de pessoal "excedentário e financeiramente insustentável".

António Cardoso, eleito pela coligação PSD/CDS-PP, disse ainda que, mesmo assim, o atual executivo não procedeu a qualquer despedimento, apenas não tendo renovado alguns contratos a pessoal que estava na Empresa Pública Municipal de Águas, Resíduos e Equipamentos (EPMAR).

"Antes das eleições, e para caçar votos, o PS andou a contratar pessoal a torto e a direito, deixando a Câmara com um quadro excedentário e financeiramente insustentável, e agora ainda tem o descaramento de nos vir acusar de estarmos a fazer despedimentos, quando sabe que isso é pura mentira", sublinhou o presidente da Câmara.

O PS, liderado pelo anterior presidente da Câmara, Jorge Dantas, acusou a Câmara de despedir 26 dos 43 trabalhadores da EPMAR, com critérios meramente político-partidários.

"Quem não apoiou António Cardoso na campanha vai para o desemprego", refere um comunicado do PS.

O presidente da Câmara garantiu que foi aberto concurso público para contratar 17 daqueles trabalhadores, tendo a prioridade sido atribuída aos mais antigos na casa.

"Todos os que tinham mais de 10 anos ficaram, a esmagadora maioria dos que tinham entre cinco e 10 anos também ficou e ainda ficaram alguns, poucos, com menos de cinco anos", garantiu, negando qualquer critério partidário.

Para hoje, esteve agendada uma manifestação dos trabalhadores cujo contrato não foi renovado, mas o protesto acabou por não acontecer.

Maria do Céu Gonçalves, uma das dispensadas, disse que "houve ameaças" por parte da Câmara e os trabalhadores "ficaram com medo", pelo que decidiram cancelar a manifestação.

As "ameaças" foram desmentidas pelo presidente da Câmara, que garantiu que não houve qualquer contacto entre as partes.

Para o PS, o atual "despedimento coletivo" indicia que a Câmara se está a preparar para "privatizar" a recolha do lixo, mas António Cardoso negou, garantindo que essa hipótese nunca esteve em cima da mesa.

Cardoso lembrou ainda que o PS deixou o município com dívidas que ascendem a 20 milhões de euros, numa situação de "descalabro financeiro" que "tem muito a ver" com a contratação exagerada de funcionários.

VCP // JGJ

Lusa/fim

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