Ministério Público acusa dois ex-autarcas do Norte na Operação Teia
Porto Canal
O Ministério Público deduziu acusação sobre o ex-presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, de corrupção ativa, peculato e prevaricação. Também o ex-presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, está acusado de prevaricação, participação económica em negócio e corrupção passiva, noticia o jornal Público citando a acusação do MP a que teve acesso.
A acusação do Ministério Público é deduzida mais de quatro anos depois de suspeitos terem sido presentes a juiz de instrução.
Joaquim Couto é figura central da operação, que envolve também a mulher, Manuela Couto, detentora de empresas de comunicação que terão sido favorecidas pelas duas autarquias além do IPO do Porto devido à contratação de serviços acima do preço de mercado. Manuela Couto é acusada de crimes de prevaricação, participação económica em negócio, peculato e corrupção.
Já o ex-vice-presidente da Câmara de Barcelos, Domingos Pereira, está acusado de 23 crimes de prevaricação em co-autoria com Manuela Couto. Já Laranja Pontes é acusada de corrupção passiva e mais 18 crimes de participação económica em negócio, refere o jornal.
A operação "Teia" centra-se nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos bem como no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e nas empresas de Manuela Couto e investiga suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na "viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto", segundo comunicado da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, o órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público neste caso.