Grupo de Guimarães inicia projeto de energia em Angola avaliado em 1,2 mil milhões de euros
Porto Canal
O Grupo MCA, de Guimarães, anunciou esta quinta-feira o arranque de um projeto de eletrificação rural de 60 comunidades remotas angolanas, avaliado em 1,2 mil milhões de euros, beneficiando cerca de um milhão de pessoas e mais de 200 mil casas com energia limpa. Em duas décadas, o projeto do grupo vimaranense prevê a redução de emissões de dióxido de carbono em 7,7 milhões de toneladas.
“A eletrificação destas regiões potencia, grandemente, o seu desenvolvimento económico e social. Nós, na MCA, acreditamos que este também é o nosso papel, por isso, com estes projetos, promovemos a vida das comunidades hoje, construindo um mundo melhor para as gerações futuras. Aplicamos a melhor tecnologia, com soluções de energia limpa para, por um lado, promover a qualidade de vida destas pessoas e, por outro, contribuir para a sua capacitação, não só através da construção dos parques solares, mas também com diversas iniciativas de impacto social que desenvolvemos junto das comunidades e dos nossos colaboradores”, realça Manuel Couto Alves, chairman do Grupo MCA, citado em comunicado.
O projeto de eletrificação de zonas rurais, inserido no Plano Angola 2025 do governo local, envolve a construção por parte da MCA de 46 mini-redes solares, que atingirá uma capacidade voltaica de 265 megawats. Além dos ganhos na descarbonização, esta solução equivale ainda a uma poupança entre os 3,1 e os 5,9 milhões de euros face a outras formas de produção.
A eletrificação destas comunidades vai ligar 203 mil casas e fornecer energia a atividades económicas e produtivas, garantindo acesso a 250MWp de potência fotovoltaica e 595MWh de armazenamento de baterias.
Fundada em 1998, em Guimarães, pelo empresário Manuel Couto Alves, a MCA emprega cerca de mil colaboradores em várias geografias e opera nas áreas da energia, infraestruturas, desenvolvimento urbano e saúde. O grupo português arrancou o processo de internacionalização em 2006 no mercado angolano e está atualmente presente na Península Ibérica, Europa Central e África.