Exército israelita diz ter provas de que o Hamas manteve reféns em hospital

Exército israelita diz ter provas de que o Hamas manteve reféns em hospital
| Mundo
Porto Canal / Agências

As forças israelitas garantiram, esta segunda-feira, ter provas de que combatentes do Hamas mantiveram reféns num hospital infantil na Faixa de Gaza, local que tinha uma sede subterrânea do movimento islamita palestiniano e uma sala “cheia de armas”.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) revelaram, em comunicado, que encontraram no hospital Rantisi, no norte da Faixa de Gaza, “muitas armas na cave do hospital, incluindo cintos explosivos, granadas, armas e mísseis RPG”.

“Também foi encontrada um motociclo com marcas de tiros, que foi utilizada por terroristas do Hamas no massacre de 07 de outubro. Além disso, foram encontrados sinais no subsolo que indicam que reféns foram mantidos na sala”, referiram as forças israelitas, que há mais de cinco semanas travam uma guerra com o movimento islamita palestiniano.

Entre as provas apresentadas num vídeo pelo porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, estão um biberão ou um pedaço de corda amarrado a uma cadeira.

“Isto está atualmente sob investigação, mas também temos informações que o confirmam”, acrescentou Hagari.

O ministro da Defesa israelita garantiu, esta segunda-feira,  que o Hamas “perdeu o controlo de Gaza” e os seus combatentes estão “a fugir para sul”.

Israel tem bombardeado Gaza incessantemente, por ar, terra e mar, há mais de cinco semanas, em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no seu território pelo Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.

Desde o final de outubro que as tropas israelitas têm avançado no norte do estreito território e os combates com os combatentes do Hamas estão agora a ter lugar no coração da cidade de Gaza, onde ainda existem dezenas de milhares de civis.

O Exército israelita tem divulgado diariamente novas infraestruturas militares do Hamas desmanteladas em Gaza, descobertas de esconderijos de armas, túneis e comandantes do movimento palestiniano, classificado como organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, mortos durante as operações.

Segundo fontes militares israelitas citadas, esta segunda-feira, em vários meios de comunicação social, o Hamas tinha antes de 07 de outubro cerca de 30.000 combatentes na Faixa de Gaza, divididos em cinco brigadas regionais, 24 batalhões e cerca de 140 companhias.

Segundo as mesmas fontes, os batalhões do Hamas no norte da Faixa de Gaza sofreram “golpes significativos” nas últimas semanas e muitos destes lutam agora para organizar os seus ataques, devido à morte dos seus comandantes.

Muitos especialistas alertaram para o perigoso confronto direto entre o Exército e o Hamas na devastada Gaza, que expõe ambos os campos a uma fase de combates urbanos de alto risco.

As organizações humanitárias internacionais estão a intensificar os apelos a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde faltam água potável, energia e medicamentos, e a ajuda humanitária é insuficiente.

Desde 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas mataram 11.240 pessoas, a maioria civis, incluindo 4.630 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos do lado israelita, a maioria civis mortos em 07 de outubro, segundo os últimos dados oficiais israelitas.

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