Suspeitos de sequestro de homem na Feira ficam em silêncio no início do julgamento

Suspeitos de sequestro de homem na Feira ficam em silêncio no início do julgamento
| Norte
Porto Canal / Agências

O Tribunal de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, começou esta sexta-feira a julgar quatro pessoas suspeitas de terem raptado, roubado e espancado um homem, de 25 anos, supostamente para vingar uma “banhada” de droga.

Os suspeitos, três homens e uma mulher, com idades entre os 24 e 39 anos, decidiram remeter-se ao silêncio, no início do julgamento.

Os dois principais arguidos são um casal com que o ofendido vivia e que está em prisão preventiva. Ambos estão acusados dos crimes de sequestro, ofensa à integridade física e roubo, sendo que o homem responde ainda por um crime de ameaça agravada.

Um outro homem está acusado dos crimes de sequestro, ofensa à integridade física e roubo, enquanto o quarto elemento responde pelos crimes de ofensa à integridade física e roubo.

A primeira sessão do julgamento ficou marcada pelas declarações da vítima que começou por dizer que, na altura em que ocorreu o crime, estava “sob o efeito de drogas e álcool”.

Perante o coletivo de juízes, o ofendido contou que pegou em 230 euros que não lhe pertenciam, quando estava em casa do casal, negando que lhe tivessem pedido para ir comprar droga, como refere a acusação do Ministério Público (MP).

Relatou ainda que no dia seguinte estava a dormir em casa de um outro arguido, quando foi acordado com dois pontapés na cabeça pela arguida. De seguida, foi forçado a entrar num carro e levado até Macieira de Sarnes, tendo sido agredido com chapadas durante a viagem.

Quando chegaram ao destino, a vítima referiu que um dos arguidos lhe disse para sair do carro e tirar a roupa. “Disse-me para começar a andar e desaparecer dali”, acrescentou, adiantando que estava “assustado”.

O ofendido referiu ainda que o quarto arguido só apareceu “no último minuto”, adiantando que este “não soube o que se tinha passado”.

O coletivo de juízes ouviu ainda os inspetores da Polícia Judiciária que participaram na investigação, um dos quais disse que o caso teria ocorrido numa “banhada de droga”, adiantando que a própria vitima também não está “totalmente inocente”, uma vez que “está indiciada por tráfico e consumo”.

O caso ocorreu em 19 de julho de 2021, após um dos arguidos alegadamente ter mandado o ofendido ao Porto comprar droga.

A acusação do MP refere que a vítima "regressou sem produto estupefaciente e sem dinheiro", pelo que os arguidos combinaram que iam “acertar contas” com ele.

De acordo com a investigação, os arguidos raptaram o ofendido quando estava a caminhar junto à Igreja de Arrifana, em Santa Maria da Feira, tendo-o forçado a entrar numa viatura e transportado até uma zona de mato, em Maceira de Sarnes, no concelho de Oliveira de Azeméis.

Durante o percurso, o ofendido terá sido agredido várias vezes com socos e pontapés na cabeça e nas costelas.

De seguida, retiraram-lhe telemóvel que tinha no bolso das calças, a roupa e o par de chinelos que calçava na altura, deixando-o descalço e apenas com os ‘boxers’ vestidos e abandonaram o local.

A vítima conseguiu pedir ajuda numa casa nas proximidades, tendo sido transportado para o Hospital com diversos hematomas, equimoses e escoriações.

+ notícias: Norte

Seis feridos em colisão rodoviária em avenida de Braga

Uma colisão envolvendo cinco veículos ligeiros na Avenida Padre Júlio Fragata, em Braga, provocou esta sexta-feira seis feridos, todos sem gravidade, disse fonte do Comando do Cávado da Proteção Civil.

Câmara de Braga lança guia de promoção da vida noturna da cidade

O município de Braga lançou um guia de promoção da vida noturna da cidade, que destaca os melhores locais para visitar, incluindo uma seleção de restaurantes, bares e estabelecimentos da noite, foi esta sexta-feira anunciado.

Área Metropolitana do Porto sem conhecimento de pedidos para instalar Andante na Linha do Vouga

O presidente da Área Metropolitana do Porto disse esta sexta-feira não ter conhecimento de pedidos para a autoridade de transportes permitir o uso do Andante na Linha do Vouga, que os Transportes Intermodais do Porto afirmam estar preparados para lançar.