Galamba reitera confiança na decisão de exonerar ex-CEO e ex-‘chairman’

Galamba reitera confiança na decisão de exonerar ex-CEO e ex-‘chairman’
Lusa
| Política
Porto Canal/Agências

O ministro das Infraestruturas reiterou esta quinta-feira a confiança do Governo na decisão de exonerar por justa causa a ex-CEO e o ex-‘chairman’ da TAP, na sequência da indemnização paga à ex-administradora Alexandra Reis.

“Estamos confiantes da decisão que tomámos”, garantiu João Galamba, questionado pelo deputado Paulo Moniz, do PSD, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

O Governo anunciou a exoneração da ex-presidente executiva (CEO), Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração (‘chairman’), Manuel Beja, em 06 de março, depois de divulgados os resultados de uma auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), que concluiu que o acordo para a saída da antiga administradora Alexandra Reis era nulo e que grande parte da indemnização de perto de meio de milhão de euros teria de ser devolvida.

Christine Ourmières-Widener contestou a exoneração e já interpôs um processo em tribunal, no qual exige cerca de 5,9 milhões de euros à companhia aérea.

A TAP foi citada no processo cível da ex-presidente executiva da companhia, na sexta-feira, e tem agora até meados de novembro para responder, segundo adiantou esta quinta-feira à Lusa fonte ligada ao processo.

Contactada pela Lusa, a TAP respondeu que não comenta "processos judiciais em curso".

O ministro João Galamba, que esteve esta quinta-feira no parlamento por requerimento de caráter obrigatório do PCP, para ser questionado sobre a intenção do Governo de reprivatizar a TAP, acusou ainda o deputado Paulo Moniz de “querer ser simultaneamente advogado de ataque e agora advogado de defesa da ex-CEO”.

O governante apontou que há deputados que agora defendem Christine Ourmières-Widener que são os mesmos que exigiram a sua demissão quando o caso de Alexandra Reis se tornou público.

A polémica começou no final de dezembro de 2022, altura em que o Correio da Manhã noticiou que a então secretária de Estado do Tesouro tinha recebido uma indemnização de cerca de 500.000 euros para sair dois anos antes do previsto da administração da empresa.

O caso motivou uma remodelação no Governo, incluindo a saída do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que foi substituído por João Galamba.

Já sobre a privatização da TAP, questionado sobre qual das empresas vai ser vendida – a SA ou a SGPS – e sobre quem fica com o passivo restante da TAP SGPS, o ministro das Infraestruturas lembrou que a liquidação da SGPS está prevista no plano de reestruturação e que os prejuízos com a SGPS já foram todos assumidos nas contas de 2021.

“Vamos vender a SA, a SGPS será liquidada”, explicou o governante.

O Governo anunciou, em 28 de setembro, a intenção de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, reservando até 5% aos trabalhadores, e quer aprovar em Conselho de Ministros até ao final do ano, ou "o mais tardar" no início de 2024, o caderno de encargos da privatização, esperando ter a operação concluída ainda no primeiro semestre do próximo ano.

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.