CTT têm de reembolsar salário cortado a carteiro do Marco de Canaveses

Porto Canal
A CTT – Correios de Portugal foi condenada pelo Tribunal do Trabalho de Penafiel (TTP) a reembolsar 591.28 euros a um trabalhador da empresa, cujo ordenado tinha sido cortado, avança, esta segunda-feira, o Jornal de Notícias.
O lesado carteiro - Samuel Vieira – trabalha no Centro Postal do Marco de Canaveses, mas também é o presidente do Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal.
Segundo o JN, em causa, estava uma suspensão de trabalho dirigida a Samuel Vieira. O próprio encaminhou o assunto para a justiça laboral e o TTP proclamou a suspensão a que o carteiro tinha sido sujeito como ilícita.
Esta situação está em tribunal devido a um diferendo que iniciou com um pedido de reembolso requerido aos CTT por Samuel Vieira, perante as despesas da viagem a Lisboa para participar numa reunião da Comissão de Trabalhadores (CT), que aconteceu a 19 de outubro de 2021, escreve o mesmo jornal.
O pedido da devolução do dinheiro está relacionado com a viagem de regresso ao Marco de Canaveses.
De acordo com o mesmo jornal, os CTT referem que o carteiro não podia ter viajado no comboio referenciado no bilhete apresentado à empresa para o reembolso das despesas, uma vez que a partida da Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, estava agendada para as 18 horas, altura em que Samuel Vieira ainda “estava na reunião da CT, que só terminou às 18h15 horas”.
Por causa do pedido de reembolso, os CTT aplicaram a suspensão de trabalho a Samuel Vieira com perda de retribuição e antiguidade pelo período de 15 dias, o que levou ao corte no salário do mesmo no valor de 591.28 euros, escreve a mesma fonte.
O argumento apresentado pela empresa foi contestado em audiência pelo carteiro. Este, provou que às 18 horas do dia 19 de outubro de 2021 já estava no interior do comboio em direção a casa, porque saiu "mais cedo da reunião" da CT, com a exata intenção de conseguir chegar a tempo do horário do transporte. A explicação de Samnuel Vieira e as declarações de testemunhas foram tidos em conta pela juiza do TTP, que decidiu dar razão ao carteiro.