Chama-se Summer CEmp, é uma escola de verão para pôr jovens a discutir sobre os assuntos europeus. Este ano, a iniciativa decorre em Ponte da Barca, no Alto Minho, de 30 de agosto a 2 de setembro. A União Europeia quer estar “mais próxima dos portugueses” e mostrar que o mundo eurocrata tem coração.

“É preciso trazer a Europa às pessoas, termos conversas e trabalhos em conjunto com jovens que têm uma palavra a dizer”, descreve Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal.

A Europa está longe e perdida em burocracia? “Temos de saber ouvir e este é um projeto sempre em evolução. Mas os problemas são complexos. Toda a gente ouve uma árvore que tomba, mas ninguém ouve uma floresta a crescer. A construção europeia é algo inacabado, mas a nossa missão é mostrar às pessoas que o que pensam tem impacto, que é ouvido”, reflete a representante da Comissão.

Esta é já a 6ª edição da escola da União Europeia (UE). O seminário intensivo conta com quatro dias de programa com várias palestras e grupos de trabalho. Os 40 universitários selecionados vão debater com personalidades como Elisa Ferreira, Comissária Europeia para a Coesão e Reformas, Augusto Santos Silva, Presidente da Assembleia da República e Pia Hansen, a diretora geral de comunicação da Comissão Europeia.

O presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca é o anfitrião dos universitários este ano, e não vê motivos para se condenar os jovens ao desinteresse pela política. “É para isso que servem estas iniciativas, trazer os jovens à reflexão, evitar esse alheamento. Mas o número de candidaturas de jovens que quiseram participar foi extremamente elevado [mais de 250 candidaturas, segundo dados oficiais da UE]. O que os jovens precisam é de uma oportunidade”, acredita Augusto Marinho.

Todos os estudantes que frequentem um estabelecimento de ensino superior na União Europeia até aos 30 anos podem participar no Summer CEmp. A semana de debates decorre maioritariamente em português, com algumas sessões em inglês.