FC Porto: Quatro minutos à Porto para enfrentar o vendaval. Crónica de jogo
Porto Canal
Bastaram quatro minutos à Porto para ser consumada a reviravolta no marcador em Vila do Conde. Galeno, de grande penalidade, e Marcano, à ponta de lança, garantiram os três pontos para os azuis e brancos na terceira jornada do campeonato.
Com Pepe como única novidade no onze face à vitória frente ao Farense – o capitão portista tornou-se o jogador de campo mais velho a jogar no campeonato nacional –, o FC Porto entrou dominante em Vila do Conde e foi o único a procurar chegar à vantagem na primeira parte frente a um adversário que tentou contrariar o ímpeto dos da Invicta e esboçou apenas raras tentativas de contra-ataque. 61-39 era o rácio da posse de bola ao cabo de 45 minutos.
Mesmo pecando por vezes na definição das jogadas no último terço do terreno, os Dragões mantiveram sempre Magrão em estado de alerta e, aos 12 minutos, colocaram mesmo a bola na sua baliza. João Mário, à direita, fletiu para dentro e entregou a Eustaquio, que picou para Taremi. O avançado iraniano desviou com sucesso do guardião brasileiro, mas viu a estreia a marcar na presente edição da Liga ser adiada… por sete centímetros, segundo a indicação dada pela equipa de videoarbitragem.
Aos 20 minutos, numa construção rápida, Galeno colocou o turbo à esquerda e, já dentro da área vila-condense, deixou para Pepê, que sozinho junto à marca de grande penalidade não conseguiu colocar a bola na baliza dos da casa. Mantinha-se, por isso, o nulo inicial quando Fábio Veríssimo apitou para a recolha aos balneários.
O regresso dificilmente poderia ter sido mais amargo para os azuis e brancos, que sofreram aos cinco minutos da etapa complementar. Fábio Ronaldo desferiu um remate à esquerda que foi desviado por Guga para o poste da baliza de Diogo Costa e, na disputa pelo ressalto, Fábio Veríssimo considerou faltosa a abordagem de Galeno e apontou para a marca de grande penalidade. No frente a frente com Costinha, Diogo Costa ainda adivinhou o lado para o qual o lateral rematou, mas não conseguiu impedir o golo adversário.
Vítor Bruno lançou Namaso e Wendell para os lugares de Toni Martínez e Zaidu e a equipa tentou reagir à desvantagem no marcador. Aos 72 minutos, na sequência de um cruzamento vindo da direita, numa altura em que já só se jogava no meio-campo do Rio Ave, Galeno cabeceou contra Costinha, mas a bola acabou nas mãos de Magrão.
Entraram aos 78 André Franco, Gonçalo Borges e Fran Navarro, a toada manteve-se e foi o 70, à semelhança do que havia acontecido na partida anterior, a mexer com o jogo. A dois minutos dos 90, na sequência de um canto, Navarro deu para o extremo que, frente a Costinha, simulou um novo cruzamento e iludiu o lateral, que o derrubou. Fábio Veríssimo assinalou grande penalidade, que foi prontamente confirmada pelo VAR, e Galeno converteu com sucesso. O FC Porto chegava ao empate ao mesmo tempo que era levantada a placa que assinalava dez minutos de compensação.
Lançados para diante, os Dragões dissecaram todas as debilidades do oponente e demoraram apenas quatro minutos a conseguir a reviravolta no placar. Na sequência de um canto curto à direita, Franco apareceu isolado à direita e cruzou com conta, peso e medida para o desvio do inevitável Marcano, que fez o 30.º golo pelo clube. Tardou, mas a festa chegou mesmo em tons de azul e branco.
Com o Rio Ave a tentar responder, valeu a atenção de Magrão para evitar que a irreverência de Gonçalo Borges resultasse em mais um tento portista. O extremo bailou dentro da área, rematou cruzado, mas o guardião conseguiu sacudir o perigo. Volvidos 100 minutos do arranque da partida, os três pontos seguiram para o Dragão.