Mais de 40 inimputáveis vão ser libertados nos próximos dias mas ainda nem todos têm destino 

Mais de 40 inimputáveis vão ser libertados nos próximos dias mas ainda nem todos têm destino 
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Porto Canal

Com a entrada em vigor da nova Lei de Saúde Mental no próximo domingo, pelo menos 41 inimputáveis deverão ser libertados, mas alguns ainda não têm destino.

De acordo com o jornal Público, a nova lei define que as pessoas com problemas relacionados com a saúde mental têm o direito a "não ser sujeitas a medidas privativas ou retritivas da liberdade de duração ilimitada ou limitada". Anteriormente, o internamento de doentes mentais cujos crimes correspondessem a uma pena superior a oito anos podia ser prolongado, a cada dois anos, até ao final da vida.

Ao todo, são 41 os internados que poderão ser beneficiados pela nova lei. Segundo o mesmo jornal, só na zona Norte, 12 estão no Hospital Magalhães Lemos (Porto) e nove na Clínica Psiquiátrica do Establecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo (Matosinhos).

Ao Público, especialistas apontam a falta de tempo para realizar um trabalho de inserção, uma vez que a lei entra no próximo domingo em vigor, apenas 30 dias após a promulgação.

Ainda assim, os establecimentos tentaram encontrar soluções. Dos internados em Santa Cruz do Bispo, por exemplo, cinco serão internados em hospitais psiquiátricos e um será acolhido num lar. Os restantes três deverão conhecer o seu destino esta sexta-feira.

Ainda de acordo com o jornal Público, no Magalhães Lemos o cenário também é incerto. São 12 internados, dos quais dois transitarão para um lar, um deles já na segunda-feira; Quatro serão encaminhados para casas de saúde e dois poderão conseguir uma habitação partilhada financiada pela Segurança Social. Os restantes ainda aguardam respostas ou ainda não têm uma solução.

Já em Coimbra, avança o Público, foi criada uma enfermaria específica que funcionará como uma unidade transitória.

Apesar de alguns dos establecimentos já terem encontrado um destino para a maioria dos seus internados, ao Público, diretores e especialistas alertam para o facto de a falta de respostas não ser exclusiva destes casos. Relembram que há doentes em várias instituições que aguardam há vários anos por respostas sociais e que, como tal, é necessária a criação de novos mecanismos de suporte.

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