PSD denuncia buscas de "grande desproporcionalidade" à PGR 

| Política
Porto Canal/Agências

O secretário-geral do PSD escreveu esta quinta-feira à procuradora Geral da República, considerando que o seu partido, na quarta-feira, foi alvo de uma operação judicial de “grande desproporcionalidade” entre os atos realizados e o objeto da investigação.

Na quarta-feira, a Polícia Judiciária mobilizou cerca de 100 inspetores e peritos para buscas na casa do ex-presidente do PSD, Rui Rio, e na sede nacional do partido, por suspeitas dos crimes de peculato e abuso de poder.

Em carta dirigida a Lucília Gago, Hugo Soares refere a “total disponibilidade” do PSD “para prestar toda a colaboração com a investigação” e o compromisso do partido “com a defesa total da transparência”, manifestando a “convicção de que no final se concluirá pela regularidade de toda a situação”.

“Não obstante, cumpre expressar o nosso entendimento de que as diligências desta quarta-feira levadas a cabo enfermaram de grande desproporcionalidade entre os atos realizados ao abrigo do mandado de busca e o objeto da investigação, que, segundo o que foi publicitado, já teve inquirições de testemunhas e de envolvidos”, salienta.

Na sua missiva, o secretário-geral do PSD recusa que possam ser abrangidas “pela conceção de defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, proporcional e adequado” um conjunto de ações que disse terem sido praticadas durante as buscas.

“Não é, do nosso ponto de vista, e daquilo que é a nossa conceção de defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, proporcional e adequado que se desarrumem sem aparente critério as casas de cidadãos, que se proceda indiscriminadamente à devassa da sua vida privada, à clonagem e apreensão dos seus aparelhos eletrónicos, designadamente telefones, no âmbito de uma investigação como a que está em causa”, especifica.

A investigação recai sobre suspeitas de um alegado uso indevido de dinheiros públicos, através de verbas da Assembleia da República definidas para a assessoria dos grupos parlamentares e que seriam utilizadas para pagar a funcionários do partido que não trabalhariam no parlamento.

Em declarações aos jornalistas, Rui Rio desvalorizou estas suspeitas, considerando que são apenas para “produzir uma notícia” e disse nem perceber do que a PJ andou à procura, confirmando que não foi constituído arguido.

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