PCP quer colocar ponto final ao do trabalho precário na Fundação Côa Parque
Porto Canal/Agências
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu este sábado em Foz Côa, no distrito da Guarda, a estabilidade laboral na Fundação Côa (FCP) apelando à integração dos trabalhadores precários nos quadros da administração pública.
“Trata-se de um património da humanidade extraordinário e grande como as gravuras [rupestres] e onde há um grande emprenho dos trabalhadores. Contudo, para que tal aconteça é necessária estabilidade laboral e os trabalhadores precisam de ser integrados nos quadros da administração pública porque fazem falta todos os dias”, considerou o dirigente do PCP.
Paulo Raimundo contactou com os representantes dos trabalhadores e com a presidente do conselho diretivo da FCP para melhor compreender a situação laboral dos cerca de 30 trabalhadores (número avançado pela comissão de trabalhadores) que ali trabalham diariamente.
“Os trabalhadores não podem continuar numa situação de profunda instabilidade. Saímos daqui em sintonia com a necessidade da integração deste trabalhadores nos quadros porque há más condições de trabalho e gente emprenhada no que faz e com grande espírito de missão neste projeto extraordinário”, vincou.
De acordo com Paulo Raimundo, “a grande maioria dos trabalhadores do FCP são precários, havendo quem trabalhe aqui há anos”.
“Foi relatado o caso de uma trabalhadora que esteve sete anos em regime de recibos verdes e esteve dois anos em contrato de prestação de serviços. Não há nada que justifique que uma infraestrutura destas, um projeto desta dimensão com um forte investimento de todos nós se mantenha com casos de precariedade laboral como estes. A estabilidade laboral é uma questão fundamental para que os trabalhadores possam estar em condições de dar o seu melhor”, constatou Paulo Raimundo.
Desde abril de 2022 que os trabalhadores precários da Fundação Côa Parque reclamam integração nos quadros da administração publica.
A FCP tem a seu cargo o Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa que foi criado em agosto de 1996. A arte do Côa foi classificada como Monumento Nacional em 1997 e, em 1998, como Património Mundial pela UNESCO.