Marcelo Rebelo de Sousa: "Por entre alegrias e tristezas estamos a fazer Portugal"
Porto Canal
No discurso do Dia de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa começa por dizer que “por entre alegrias e tristezas, estamos a fazer Portugal”. O chefe de Estado destaca que este “é um 10 de junho diferente”, uma vez que não é capital de distrito. “Neste 2023, o 10 de junho começou a 5 de junho [na África do Sul] com os portugueses dispersos pelo mundo, antes de chegar ao Douro profundo”.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que faz sentido o 10 de junho no “Douro profundo” porque faz sentido que “os Pesos da Réguas sejam tão importantes “como as Lisboas, os Portos, as Coimbras”. O Presidente destaca ainda os 19 municípios que se unem em torno no Douro, referindo que “a união faz a força”. Marcelo afirma que o Douro é “o retrato do Portugal que queremos”.
O Presidente da Républica afirma ainda com convicção que "somos 10 milhões cá dentro, mas somos muitos mais", lembrando a influência de Portugal no mundo e que português é “a 5ª Língua mais falada no mundo e a segunda mais falada no hemisfério sul”, Além disso, Marcelo enaltece “a reeleição do secretário-geral da ONU”, as “tropas destacadas” no estrangeiro, naquilo que “é um peso no mundo muito maior que a nossa superfície terrestre”.
Durante o discurso, Marcelo pergunta: “Do que nos serve a influência externa, se dentro de portas temos problemas por resolver? Se temos mais pobreza do que riqueza, mais desigualdade do que igualdade?” O Presidente da República diz que Portugal não pode desistir de ter “mais riqueza, mais igualdade, mais coesão”.
Diz ainda que há países “mais ricos do que nós”, mas “incapazes de compreender o mundo”, até daqueles que vivem à sua volta.
No fim do discurso, naquilo que pode ser visto como sugestão de João Galamba do Governo, Marcelo utiliza um paralelismo com o Douro: “É preciso cortarmos os ramos mortos, que atingem a árvore toda”.