Sérgio Conceição anteviu a final da Taça de Portugal, que se joga em Oeiras a partir das 17h15 de domingo.

“Amanhã é como se fosse o primeiro título” para Sérgio Conceição e os seus atletas. “A vontade de ganhar ainda mais” acresce todos os dias “a quem está habituado a ganhar e é verdadeiramente competitivo no dia a dia”, de acordo com o técnico portista, mas para erguer a prova rainha é preciso derrotar um SC Braga que, entre outras valias, tem “um treinador que bateu todos os recordes este ano no clube”. Às 17h15, o “nervoso miudinho” vai fazer-se sentir porque é hora de “conquistar mais um título para o FC Porto” e terminar a época com “três dos quatro títulos nacionais”. O “estado de espírito foi o mesmo” da restante temporada ao longo da “boa semana de trabalho”, o que não deixa o treinador azul e branco com dúvidas: Os Dragões estão “preparados para ganhar o jogo” em Oeiras.

1998, uma invasão azul e branca e mais um título em Oeiras
“As memórias dessa final, da forma intensa que vivo o meu dia, há muita coisa que se apaga. Lembro-me desse dia com alegria, tenho uma imagem forte de olhar apara a bancada azul e branca e de comemorar com os adeptos. Foi mais um jogo, uma final disputada, ganhámos com todo o mérito e foi um título que conquistei com muito prazer e orgulho por este clube.”

Ambição e foco intactos para o último jogo da temporada
“Isso não existe. Podemos acabar a época amanhã com três dos quatro títulos nacionais. Tivemos uma boa semana de trabalho, sempre dentro da mesma forma, não com brilho ou vontade a mais porque isso sempre tivemos durante a época. Nesta competição, desde o jogo com o Anadia até hoje sempre tivemos o mesmo estado de espírito e esta semana foi o mesmo para amanhã estarmos preparados para ganharmos o jogo.”

A titularidade de Pepe e as diferenças entre Grujic e Eustaquio
“Ainda não dei o onze aos meus jogadores. Posso confirmar o Pepe como titular por aquilo que disse de mim, convém [risos]. As diferenças entre o Grujic e o Eustaquio são visíveis, dentro da mesma posição têm caraterísticas necessárias, dependendo dos jogos e do momento, e ambos estão aptos, até podem jogar os dois.”

As diferenças entre a teoria e a prática e a constante vontade de triunfar
“Este ano, os jogos teoricamente mais acessíveis não o foram e nos mais complicados demos uma excelente resposta. O campo teórico é uma coisa e a prática é outra, depende muito do que fizermos amanhã no jogo. Sabemos o que fazer para termos vantagem neste jogo, não só a estratégia vai ser importante, mas também o campo emocional, que tem que ver com a personalidade da equipa e a ambição de conquistar mais um título. E não é quem tem mais ou menos títulos que tem mais ou menos ambição. A quem está habituado a ganhar e é verdadeiramente competitivo no dia a dia, acresce a vontade de ganhar ainda mais. É o que passo para a equipa. Amanhã é como se fosse o primeiro título para nós.”

Os elogios ao homólogo bracarense
“Cada jogo tem a sua história. Este é uma final, um jogo que tem de ficar decidido amanhã e todos os jogos são diferentes. Em relação à responsabilidade de cada equipa, estive a ouvir a conferência do meu colega e, como ele admitiu, é 50/50. A distância do SC Braga para o FC Porto é muito menor do que há uns anos, estamos a falar de um treinador que bateu todos os recordes este ano no clube, do que é para alguns o treinador mais pontuado da Liga, por isso esperam-nos dificuldades frente a uma equipa que fez um excelente campeonato. Nós fizemos um campeonato muito bom, não excelente, senão tínhamos ganho.”

O sabor especial da Taça
“É um jogo que gosto muito. É a sexta final que disputo, já tenho alguns anos disto. Mas continuo a sentir muito o nervoso miudinho ao entrar aqui, principalmente à tarde, neste estádio emblemático para poder conquistar mais um título para o FC Porto.”