É "preciso tirar consequências", diz PCP sobre comissão de inquérito à TAP
Porto Canal / Agências
O PCP defendeu que é “preciso tirar consequências” dos factos já apurados na comissão de inquérito à TAP, que não demissões, mas mudanças de práticas e políticas.
Numa altura em que as audições da comissão de inquérito entram na fase final de antigos e atuais governantes, o deputado do PCP Bruno Dias, em conferência de imprensa no parlamento, reiterou a importância para os comunistas de “falar da TAP”, considerando que “para quem conseguir penetrar através da espuma dos casos mediatizados, é possível tirar importantes conclusões” relativamente à companhia aérea.
“Continuaremos a intervir na comissão de inquérito, quer na fase das audições que ainda não terminou, quer perante o relatório que venha a ser produzido, mas quando assistimos todos os dias à necessidade de tirar consequências do que se está a passar na comissão de inquérito, gostaríamos de sublinhar o seguinte: é preciso tirar consequências”, defendeu.
Ressalvando que o PCP não está a “falar de demissões”, Bruno Dias pediu mudanças de “práticas e políticas.
“A coincidência desta comissão de inquérito com a abertura pelo Governo do processo de privatização da TAP, junta objetivamente o PS com a direita num crime económico que precisa e pode ser evitado”, criticou.
Para os comunistas, o “país não precisa de entregar mais uma empresa estratégica nas mãos do capital estrangeiro”, mas sim “de dar condições à TAP para que esta faça o que tem de fazer”.