Câmara do Porto apresenta novo Regulamento do Alojamento Local em abril. Novos registos suspensos para já

Câmara do Porto apresenta novo Regulamento do Alojamento Local em abril. Novos registos suspensos para já
| Porto
Ana Francisca Gomes

O executivo da Câmara Municipal do Porto aprovou, esta segunda-feira, a suspensão de novos registos de Alojamento Local (AL) por mais seis meses. Vereador com o pelouro da Economia adiantou que a 21 de abril será apresentado o novo Regulamento Municipal para o Crescimento Sustentável do Alojamento Local.

Já a 7 de outubro de 2022, o executivo aprovou submeter à deliberação da Assembleia Municipal a suspensão por seis meses com efeitos imediatos da autorização de novos registos de estabelecimentos de AL na União de Freguesias Centro Histórico e na Freguesia do Bonfim - zonas consideradas de grande pressão urbanística.

Com o Regulamento do AL ainda em fase de consulta pública e com a suspensão anterior a terminar já a 11 de abril, o movimento independente de Rui Moreira propôs a prorrogação da suspensão de novos registos de AL por mais seis meses, que foi aprovada por maioria, com abstenção do PSD. A proposta é agora submetida à aprovação da Assembleia Municipal.

"Não somos tão rápidos como o Governo, que avança com medidas e depois faz uma consulta pública a três dias. Era de todo inviável nós conseguirmos fechar isto [regulamento] a 11 de abril, e decidimos pedir a prorrogação", esclareceu Ricardo Valente, vereador com o pelouro da economia, aos jornalistas à margem da reunião privada.

Este regulamento estabelece "áreas de contenção" nas freguesias com mais pressão urbanística, mas também determina a criação de "áreas de crescimento sustentável do AL”. A nova proposta de regulamento vai ser apresentada a 21 de abril, garantiu Ricardo Valente, que afirmou querer já apresentá-la na próxima reunião do executivo.

O vereador salvaguardou não conseguir garantir “se a proposta vai ser exatamente igual ou não” àquela que se encontra em fase de consulta pública, já que vão “ouvir as pessoas e atender a algumas questões que possam ser positivas”.

“O nosso papel é continuarmos com o nosso caminho, e o nosso caminho é o nosso regulamento que vamos defender até ao fim” atirou, quando questionado pela hipótese de as medidas anunciadas pelo Governo colidirem com o regulamento do município. “Não vamos aceitar pacificamente um confisco do ponto de vista de políticas municipais”.

Também à margem da reunião, Ilda Figueiredo, vereador eleita pela CDU, afirmou “naturalmente estar de acordo que se prolongue por mais seis meses a proibição de AL até se clarificar o regulamento, ou até à lei do Governo”.

Já o vereador Sérgio Aires, que também votou favoravelmente a proposta, elucidou que o Bloco de Esquerda defende “é que não haja uma suspensão apenas para dar um pousio a este tipo de iniciativas que, evidentemente, já esgotaram a capacidade da cidade ter casas para as pessoas que cá vivem e que cá querem viver”.

O bloquista relembrou que o partido defendeu sempre “que a cidade tem que ter uma estratégia para o turismo em geral e também, evidentemente, para a regulamentação do AL e para outras formas de alojamento”, como hotéis.

“Temos que ter em consideração até quando a cidade suporta este nível de turismo e até quanto é que ele se mantem interessante inclusivamente para o próprio turismo, porque quando cá não estiver ninguém que fale português ... não sei se tem muito interesse visitar esta cidade”, atirou.

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