Sérgio Conceição: "Foi uma vitória do realismo"
Porto Canal
O FC Porto trouxe mais três pontos de Trás-os-Montes. Numa gélida noite de inverno em Chaves, os Dragões foram ao Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira vencer a formação local por 3-1 e manter a perseguição à liderança do Campeonato. Para Sérgio Conceição, o encontro que acabou em vitória sobre o GD Chaves “foi um bom jogo, bem conseguido” que atestou o “trabalho diário” e “a postura” de “dar o máximo com ambição e dedicação diárias”.
Ópera só no São Carlos
“Foi um bom jogo, bem conseguido da nossa parte. Sempre ligados ao jogo, a perceber que defrontávamos uma equipa sempre difícil de jogar aqui em Chaves. Entrámos muito bem, criámos logo várias situações e fomos para o intervalo com uma vantagem justa. Tínhamos de continuar e manter o equilibro defensivo. Não entrámos tão bem na segunda parte, eles fizeram golo de penálti mas fomos gerindo o jogo de uma forma que gostei. Por vezes não se pode tocar violino, toca-se bombo, e hoje foi uma vitória desse mesmo realismo.”
Análise aos 90 minutos
“Recordo-me de uma ou outra perda de bola que não podemos ter, que permitiu ao Chaves ganhar ascendente e criar situações no nosso terço defensivo. Devíamos ter mais bola, gerir melhor esse início de segunda parte. Os meus jogadores trabalharam muito para que esta vitória acontecesse e é mérito deles.”
Pepê e Taremi no banco
“Faço uma analogia com as festas de Trás-os-Montes. Aqui é necessário tocar bombo e, nesse sentido, o onze inicial foi o que me deu mais garantias dentro dessa festa, sem ser ópera, de fazer um jogo conseguido e competente. Trabalhámos muito e, com a qualidade individual, foi o que aconteceu. Fiquei muito satisfeito com os dois jogadores que jogaram na frente e que trabalharam muito, tanto o Danny como o Toni. Escolho sempre em função da semana de trabalho o Pepê não fez um treino com a equipa, teve um problema no pé, e escolho quem me dava garantias e não pelo nome. Os jogadores que ficam no banco têm de acrescentar alguma coisa e foi isso que aconteceu. Escolhi quem achava que podia criar dificuldades ao Chaves e fico muito contente com o comportamento nesse sentido.”
Oito pontos de atraso
“Temos de nos agarrar ao trabalho diário e à nossa postura desde que entrámos aqui. Sempre a dar o máximo, com ambição e dedicação diárias a à procura da perfeição que não existe. Esse é o nosso trabalho, honrar o propósito por que entramos diariamente no Olival, honrar a história do clube, a mentalidade, e agora olhamos para o próximo jogo contra o Estoril. Em maio fazemos as contas.”