Primeiro-Ministro não vai avançar com referendo à regionalização “contra a vontade do PSD”
Porto Canal
O Primeiro-Ministro não quer avançar com referendo à regionalização “contra a vontade do PSD”. Garantia foi dado ao jornal Público por fonte oficial do gabinete de Costa.
Esta posição do gabinete do Primeiro-Ministro vem reforçar a posição que já duas ministras tinham assumido sobre o mesmo assunto e que já tinham afastado o referendo por “não fazer sentido” face à oposição do líder do PSD.
Isto acontece porque para a criação destas regiões administrativas é necessária uma maioria de dois terços dos deputados. O que não é possível neste momento sem o apoio do PSD.
Recorde-se que o líder do PSD, Luís Montenegro, assumiu a posição contra um referendo nos próximos anos logo em Julho do ano passado quando assumiu as funções de líder do partido. "Sou absolutamente contra a realização de um referendo em 2024 (…). Não havendo um referendo em 2024 – que já teria de se conciliar com eleições europeias e regionais nos Açores –, não é em 2025, com eleições autárquicas, ou em 2026, com presidenciais e legislativas, que a oportunidade se vai abrir", disse na altura.
No Conselho de Ministros que decorreu esta quinta-feira, a Ministra da Coesão Territorial defendeu que “não faz qualquer sentido" falar num referendo à regionalização face à posição assumida pelo PSD.