Oito municípios do Porto aproveitam lixo para dar luz a ruas e escolas

Oito municípios do Porto aproveitam lixo para dar luz a ruas e escolas
| Norte
Porto Canal

Oito municípios do Porto vão constituir ainda este ano uma comunidade energética intermunicipal que vai permitir que cada um dos municípios poupe permitindo uma poupança de 3,6 milhões de euros. Existem ainda excedentes de energia para outras autarquias que se queiram juntar.

Ainda este ano, as câmaras de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa do Varzim, Vila do Conde e Valongo poderão poupar até 3,6 milhões de euros na fatura da luz, segundo o Jornal de Notícias. Este fenómeno tornar-se-á possível através da constituição de uma comunidade energética intermunicipal que, essencialmente, vai aproveitar o lixo doméstico para iluminar as ruas e as escolas através do processo de incineração.

Segundo as contas, anualmente são gerados 170 mil MWh de energia elétrica, sendo que 100 mil MWh são consumidos pelos municípios, deixando um excedente “para outros municípios que queiram aderir”, explica José Manuel Ribeiro, o presidente do Conselho de Administração da Lipor, em entrevista ao JN. Acrescenta ainda, que essa adesão não exigirá a associação desses municípios à Lipor.

Através da redução da tarifa de acesso à rede, é possível calcular uma poupança de 3,6 milhões de euros para os oito municípios. “Continua a haver uma tarifa, mas ela descer para metade. E é esta poupança que se transforma na redução de 30% no valor final da fatura”, explicou o presidente da Câmara de Valongo, ao Jornal de Notícias.

"O Governo tomou a decisão de acabar com a tarifa garantida, o que significa que passaríamos a estar sujeitos ao valor do mercado. Se corresse bem, até tínhamos mais recursos, mas se corresse mal era uma chatice", prevê José Manuel Ribeiro. Por isso, com os incentivos fiscais criados a nível europeu para a criação de comunidades energéticas, a tarifa de acesso, nos moldes atuais, descerá para metade. A criação desta entidade surge agora, justifica o autarca, uma vez que "o enquadramento legal também só surgiu agora".

A distribuição da energia será realizada através do cálculo do consumo de cada uma das autarquias, o que significa que “um município maior, com mais edifícios, terá mais poupança”, diz José Manuel Ribeiro ao Jornal de Notícias.

Atualmente, ainda não se sabe ao certo o número de escolas que vão beneficiar da redução da fatura, no entanto, de acordo com o autarca que é também o presidente do Conselho da Administração da Lipor “vai ser a maior comunidade energética do país”.

José Manuel Ribeiro diz ainda ao Jornal de Notícias que “a empresa defende o aumento da capacidade de incineração da central de valorização energética com a construção de uma terceira linha de tratamento de resíduos”. Perspetiva-se que este aumento de capacidade pudesse dar fim ao depósito em aterro.

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