Santa Maria da Feira. Arrancam obras de 5 milhões de euros no Mercado Fernando Távora e no centro histórico da cidade

Santa Maria da Feira. Arrancam obras de 5 milhões de euros no Mercado Fernando Távora e no centro histórico da cidade
| Norte
Porto Canal / Agências

A Câmara de Santa Maria da Feira iniciou obras de um milhão de euros no Mercado Fernando Távora e, com mais quatro milhões em empreitadas no centro histórico, atribuiu hoje esses investimentos à sua “estratégia de recuperação de património”.

Para o vereador das Obras Municipais e vice-presidente dessa autarquia do distrito de Aveiro, a reabilitação do mercado municipal desenhado pelo arquiteto Fernando Távora (1923-2005) é “uma das intervenções mais aguardadas no centro da cidade por envolver um edifício marcante do território e uma obra emblemática da arquitetura portuguesa”.

Amadeu Albergaria explica: “Vamos dar novas condições ao imóvel, para que funcione com tudo o que é exigido atualmente a um mercado, mas também lhe introduzimos alguns aspetos pensados especificamente para que possa acolher eventos culturais – e isto numa empreitada que será o menos intrusiva possível relativamente ao edifício original, pelo que confiámos o respetivo projeto ao arquiteto José Bernardo Távora, filho de Fernando Távora”.

Classificado como Monumento de Interesse Público, o Mercado Municipal da Feira foi edificado entre 1953 e 1957, tem azulejos da autoria de Álvaro Siza Vieira e está organizado em torno de um largo com fontanário, exibindo uma frente urbana de lojas voltadas para a rua e um interior com vista para o Castelo da Feira e a Mata das Guimbras.

Essa é, contudo, apenas uma das empreitadas que o autarca social-democrata enquadra “na estratégia global da Câmara para a recuperação do património do centro histórico da cidade”, já que, além da reabilitação do mercado, avaliada em cerca de um milhão de euros e para concluir até abril de 2024, há outros três projetos em andamento nas imediações.

Aquele que se encontra em estado mais avançado é o relativo ao novo Arquivo Municipal, que, partilhando espaço com o futuro Balcão Único de Atendimento Municipal, ficará instalado num edifício de 1929 que já funcionou como Casa dos Magistrados da comarca da Feira, armazém de guarda-roupa da recriação histórica “Viagem Medieval” e espaço administrativo da empresa Indaqua.

Amadeu Albergaria diz que essa obra, na ordem dos 3,3 milhões de euros, já está concluída em termos de edificado, sendo que o respetivo interior está agora a ser “devidamente apetrechado para acolher o fundo documental do arquivo” e o disponibilizar ao público.

“Vai ser um local privilegiado de trabalho para investigadores, porque reunirá num único local toda a informação e património documental que conta a história do território”, defende o vice-presidente da autarquia, acrescentando que a empreitada permitiu ainda requalificar a envolvente norte da Igreja da Misericórdia, “modernizando esse importante quarteirão do centro histórico da Feira”.

Quanto às duas outras obras em curso na mesma zona, a primeira é a reabilitação da Biblioteca Municipal, que, embora envolvendo um edifício mais recente, inaugurado em 2000 com arquitetura de Jorge Moreira da Costa, representa quase 600.000 euros de investimento “numa zona com grande relevância na vida da cidade”, e a segunda é a reabilitação do Castelo da Feira, orçada em cerca de 600.000 euros.

“Trata-se de uma obra para consolidação estrutural do nosso ex-libris, visando, por um lado, a reabilitação da muralha e da ruína do palacete que existiu na praça de armas, e, por outro, a criação de novas condições de acessibilidade e visita ao local”, refere Amadeu Albergaria.

A obra deverá ficar pronta em novembro de 2023, mas o autarca realça que, estando em causa um imóvel classificado como Monumento Nacional, a respetiva conclusão “depende sempre de não haver surpresas na empreitada, já que qualquer descoberta de teor arqueológico, por exemplo, poderá implicar alterações no projeto e derrapagem nos prazos”.

Entretanto, enquanto se concluem essas quatro obras, o vice-presidente da Câmara tem “já em estudo” outras duas intervenções no mesmo contexto patrimonial: “a requalificação do largo em frente à Igreja da Misericórdia e a reformulação de algum mobiliário urbano do centro histórico, para lhe dar uma identidade mais ajustada à zona onde se encontra”.

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