Os "azuis e brancos" venceram o Famalicão por 4-1 na 16.ª jornada da Liga.

Numa noite muito fria no Porto, foram os golos que funcionaram como botija para aquecer os mais de 30 mil adeptos que estiveram no Estádio do Dragão. Galeno bisou e ficou de mãos na cabeça por não conseguir o hat-trick, enquanto Mehdi Taremi subiu ao primeiro andar para assinar a lista de marcadores do jogo. O FC Porto soma agora 36 pontos, está a cinco da liderança e a um do segundo lugar.

Toni Martínez entrou no onze depois do hat-trick frente ao Arouca e, focado em agarrar a titularidade, foi o primeiro a criar perigo. Aos cinco minutos, aproveitou uma bola colocada na profundidade por João Mário e testou os reflexos de Luiz Júnior. Não marcou aí, mas deu a marcar à passagem da dezena de minutos: após uma combinação com Otávio, João Mário desmarcou o avançado espanhol, cujo cruzamento encontrou o pé de Galeno ao segundo poste. Estava inaugurado o placar.

O lado direito da ofensiva azul e branca parecia inspirado em combater o frio que se fazia sentir na Invicta e, aos 21 minutos, foi novamente João Mário a cruzar atrasado para a entrada da área. Uribe apareceu de rompante e atirou para uma intervenção atenta do guarda-redes adversário, mas Galeno, sempre oportuno, recargou para o fundo das redes. O extremo brasileiro igualou, desta forma, o máximo de golos alcançados numa época na carreira, marca que havia sido atingida em 2016/17 ao serviço do FC Porto B.

Como não há duas sem três, os atletas portistas fizeram com que os adeptos saltassem das cadeiras mais uma vez ainda antes do intervalo. Galeno conduziu pela esquerda uma transição rápida que terminou com Otávio à entrada da área, a passe do 13, a rematar cruzado para dentro da baliza do Famalicão. A vantagem era larga (3-0) e o sorriso estava patente nos rostos dos milhares que compareceram ao Estádio do Dragão.

De volta ao relvado após o interregno, os azuis e brancos voltaram à carga e aos festejos. João Mário cruzou com precisão para Mehdi Taremi que, a “voar como o Jardel sobre os centrais”, cabeceou forte para o quarto golo da conta portista (48m).

O Famalicão reagiu e Rui Fonte ainda reduziu para os minhotos após uma perda de bola na saída a jogar desde trás (52m), mas o 9 do FC Porto respondeu com o momento do jogo… que teve como protagonista o VAR. Diogo Costa pontapeou longo, Taremi acabou por captar o esférico e, ao avistar Luiz Júnior adiantado, fez um chapéu a algumas dezenas de metros da baliza. Seria certamente o momento da noite, não fosse o VAR chamar Gustavo Correia para lhe dar a indicação para anular o golo devido a uma mão do avançado.

À entrada para o quarto de hora final, Galeno podia ter feito o hat-trick, mas a finalização do brasileiro deixou todos os presentes de mãos na cabeça, incluindo o próprio. Após uma recuperação na metade adversária do campo, o 13 desmarcou Pepê que, em frente ao guarda-redes, ofereceu-lhe a oportunidade de levar a bola do jogo para casa de calcanhar. O extremo, de baliza aberta, errou o alvo.

Com quatro golos - que podiam perfeitamente ter cinco ou mesmo seis face ao número de oportunidades - os azuis e brancos mantiveram o estatuto de equipa goleadora a jogar em casa. Haverá nova para o renovar no início de fevereiro, quando o FC Porto receber o Vizela na 19.ª ronda do campeonato.