Mais de 20 mil professores iniciaram marcha em Lisboa em defesa da escola pública
Porto Canal / Agências
Mais de 20 mil pessoas, segundo números da polícia, iniciaram pouco depois das 15h00 deste sábado uma marcha da Praça do Marquês de Pombal para a Praça do Comércio, em Lisboa, em defesa da escola pública.
A estimativa de participação na manifestação, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), foi indicada à Lusa pela oficial responsável pelo policiamento da iniciativa.
Depois de se concentrarem no Marquês de Pombal, os manifestantes iniciaram pelas 15h15 a marcha, com um grupo de bombos à frente e um cartaz transportado pelos professores no qual se lê “a lutar também estamos a ensinar”.
“Ministro, escuta, a escola está em luta”, “não à municipalização” e “unidos pela educação” são algumas das palavras de ordem dos professores.
Paulo Brasil, professor de inglês há mais de 30 anos em Setúbal, disse à Lusa que o descontentamento “é cada vez maior”, lamentando que “as atuais condições de trabalho não façam uma escola pública de qualidade”.
“Não se consegue chegar às necessidades de todos os alunos”, disse.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador nacional do STOP, André Pestana, disse que a luta dos professores é pela defesa da escola pública e reúne também pessoal não docente, todos na exigência de uma “escola pública de qualidade e de excelência”.
Para o sindicalista, esta contestação - que deverá aumentar na próxima semana, depois de declarações do ministro da Educação, João Costa, na sexta-feira, manifestando-se preocupado com a desproporcionalidade da greve convocada pelo STOP e admitindo a possibilidade de recorrer a serviços mínimos - é também “uma luta pelos alunos”.
A manifestação de hoje é a segunda em menos de um mês convocada pelo STOP, em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração aos concursos..