Confronto no Parlamento entre dois dirigentes do Chega
Porto Canal
Os confrontos aconteceram na quarta-feira na Assembleia da República, noticia o Observador. Dois dirigentes do partido Chega, Rui Afonso e Jerónimo Fernandes, ter-se-ão envolvido numa discussão que resultou numa briga.
O deputado e o ex-presidente da concelhia do Chega no Porto estiveram envolvidos numa discussão acesa que terá chegado a agressões físicas, avança o Observador. De acordo com o jornal online, o partido “não tem conhecimento da existência de qualquer agressão a envolver um deputado do grupo parlamentar”.
Contudo, fontes ouvidas pelo Observador, confirmam “contacto físico agressivo”. Já fontes do partido confirmaram a discussão, mas deixam de parte as agressões físicas, dizendo que a leitura da situação será “exagerada”, não negando que houve “empurrões”, mas “não agressão no verdadeiro sentido da palavra”.
A cidade do Porto está no cerne da questão, já que os dois dirigentes ter-se-ão desentendido após Jerónimo Fernandes ter confrontado Rui Afonso sobre a falta de empenho na assembleia municipal da cidade. Jerónimo Fernandes, refere a publicação, é quem costuma substituir Rui Afonso nas reuniões camarárias.
Este não é o primeiro caso envolvendo dois militantes do Chega a ser relatado, já que, em agosto de 2022, o deputado Bruno Nunes terá agredido Gabriel Mithá Ribeiro numa reunião do grupo parlamentar.
Direito de resposta:
Nos termos do disposto do art. 25.º e no n.º1 e 3 do art.º 24 da Lei da Imprensa, venho por este meio reclamar a publicação e emissão do direito de resposta no decurso da notícia publicada no site do Porto Canal pelas 21:19 horas do dia 6 de janeiro de 2023, intitulada “Confronto no Parlamento entre dois dirigentes do Chega”, baseada numa notícia do jornal “Observador.”
Informo V. Exa que o artigo em causa contém um conjunto de factos falsos, deturpados e ofensivos, apresentados de forma sensacionalista e claramente exagerada, os quais têm como resultado evidente um dano à reputação da minha pessoa, do Grupo Parlamentar e do Partido que represento e em última instância à própria Assembleia da República.
Assim, cumpre-me esclarecer que:
1- Na notícia em apreço foi ostensivamente referido que Rui Afonso e Jerónimo Fernandes são ambos dirigentes locais do Chega.
R: Trata-se de uma afirmação falsa, dado que Jerónimo Fernandes não possui qualquer cargo de Direção do Chega, seja Local, Distrital ou Nacional. Apenas eu exerço o cargo de Presidente da Comissão Política Distrital do Porto.
2- Na notícia em apreço foi referido que “… envolveram-se numa discussão acesa nos corredores da Assembleia da República…”
R: Trata-se de uma afirmação falsa. O que ocorreu foi a existência de uma reunião tensa, com alguns momentos de elevação do tom de voz, que decorreu num Gabinete à porta fechada.
3- Na notícia em apreço foram usadas expressões como “palavras ofensivas”, “agressões físicas”, “contacto físico agressivo”, “empurrões” e “agressões física”.
R: Tratam-se de expressões com intuito muito depreciativo e que em nada correspondem à realidade dos factos. Caso tivessem ocorrido quaisquer dos atos supra descritos, seriam imediatamente acionados os Serviços de Segurança da Assembleia da República, o que manifestamente não ocorreu.
4- Na notícia em apreço foi referido que “Jerónimo Fernandes esteve na Assembleia da República, ao que o Observador apurou devido à apresentação de uma sugestão de lista de delegados à Convenção, e terá confrontado Rui Afonso sobre a falta de empenho na Assembleia Municipal do Porto — uma conversa que não agradou ao deputado.
R: Trata-se de uma afirmação falsa e desprovida de qualquer sentido. O que despontou os momentos de tensão foi a suposta lista de 21 nomes à V Convenção Nacional do Partido ChEGA que Jerónimo Martins queria entregar e não as minhas substituições na Assembleia Municipal do Porto.
Lisboa, 23 de janeiro de 2023
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pedro da Silva Afonso