Aliens no Porto? Há vários relatos de encontros insólitos nos anos 70

Aliens no Porto? Há vários relatos de encontros insólitos nos anos 70
| Porto
Porto Canal

Mitos, rumores, invenções de pessoas desesperadas ou realidade da vida suburbana? O avistamento de seres extraterrestres é discutidos há décadas entre a população, visto por uns como uma refração de luzes industriais ou reflexo de aviões, mas encarado por outros como prova de vida inteligente para além da Terra. Afinal de contas, se existem quase 400 mil milhões de planetas só na Via Láctea, porquê pensar que só vivem seres pensantes no nosso Sistema Solar?

Nos anos 70, várias pessoas testemunham ter avistado seres aparentemente não humanos na região Norte. Segundo o livro de Joaquim Fernandes, “De Outros Mundos”, a cidade do Porto e Vila Nova de Gaia não foram exceções e há atualmente relatos destes “encontros” inesperados marcados por luzes fortes.

O autor do livro é co-editor da revista anual Cons-Ciências, e pública na imprensa diária diversos artigos referentes à Cultura Científica. Em 2008, coordenou a série televisiva da RTP2 “Encontros Imediatos”, a primeira no país que abordava o conceito “ET”.

O livro “De Outros Mundos” documentou 618 casos entre 1908 e 2000. Do conjunto de testemunhos recolhidos é percetível que, no âmbito geográfico, o distrito do Porto destaca-se dos demais com 22,5% dos relatos. E a década de 70 é a mais “famosa”, com inúmeros relatos de avistamentos sobrenaturais.

Em entrevista ao Porto Canal, Joaquim Fernandes acredita que a razão pela qual a zona litoral parece ter mais avistamentos advém do facto de ser uma zona mais povoada. “Não há um local privilegiado, mas onde há mais concentração de pessoas é normal haver mais relatos”.

Para o escritor, os anos 70 ficaram marcados por diversos relatos devido ao fim da repressão – até então era “pouco cómodo para o regime” falar do assunto. Com o fim da época salazarista ganhou-se liberdade de expressão, os relatos de avistamentos multiplicaram-se e começou a estudar-se abertamente os encontros paranormais.

O processo de recolha de testemunhos chega de uma vasta pesquisa dos especialistas em “Ciências da Consciência”. Em vários casos, o autor do livro recebeu cartas pessoais a retratar os acontecimentos.

A antologia “De Outros Mundos” é fruto de um estudo detalhado em diversas áreas, que abordam ciências humanas, psicologia, teologia e as ciências das religiões, explica o autor.
Há “centenas de hipóteses que podem justificar as situações” paranormais, conta Joaquim Fernandes. O historiador e professor universitário admite que os avanços tecnológicos permitem um acesso “mais fácil” a provas físicas que comprovem, ou não, o “ovni”. No entanto, admite que os relatos acabam por ser, maioritariamente, de avistamentos de drones, satélites ou lanternas chinesas – objetos decorativos luminosos feitos de papel e que podem voar, à semelhança de um “balão de S. João”.

Na conversa com o Porto Canal, Joaquim Fernandes relembrou o famoso “caso da Ota”, de 2 de novembro de 1982. Perto da Base Aérea Nº2 - Ota, durante um voo de treino, foi avistado durante 20 minutos um ovni pela força aérea.

O projeto Stellar

Stellar é o mais recente projeto internacional que engloba diversos grupos académicos portugueses no estudo de casos inexplicáveis. O escritor realça que este “observatório internacional vai acompanhar e entender os fenómenos” a partir da primeira semana de dezembro deste ano.
Joaquim Fernandes acredita que a espécie humana não é “única” no universo. Contudo, a interação com outras espécies não será fácil: “Só espécies ontologicamente similares podem entender-se”, conclui o historiador.

Porto Canal

Imagem do caso mais famoso de avistamentos inéditos em Portugal, Alfena, 1990

O objeto fotografado em Alfena, Valongo na manhã de 10 de setembro de 1990 tinha forma esférica e cinco apêndices que se assemelhavam a patas. Segundo relatos de populares, o ovni foi avistado durante 50 minutos. É, até hoje, o caso mais significativo de avistamento de ovnis em Portugal.

 

Conheça alguns dos casos do distrito do Porto na década de 70:

Ovni em Rio Tinto em 1974

No livro, Joaquim Fernandes recolheu provas de um avistamento em Rio Tinto, em julho de 1974. Carlos Jorge, de 14 anos, afirmou ao autor ter ouvido “um ruído forte” vindo do exterior da casa por volta das 20h15. “Nesse mesmo instante as luzes desligaram-se”, contou o jovem. Curioso com a situação, foi seguindo o som e avistou um foco de luz, que “quanto mais se aproximava mais se sentia atraído na direção oposta”. O objeto emitia feixes de luzes de várias cores, tinha o formato de Saturno e 6,5 metros de diâmetro.

Além das luzes, a criança afirma ter visto quatro seres, de metro e meio de altura, vestidos com um escafandro. O relato conta que a testemunha ficou “paralisada” e só quando o objeto voou é que voltou a si, como se “tivesse acordado”. O jovem ainda acrescenta que após a “fuga” dos seres, a energia da casa foi restabelecida.

Aliens vagueiam por estrada de Gaia

Dois anos depois, em Quebrantões, Vila Nova de Gaia, por volta das quatro da manhã, Manuel Lima, de 46 anos, garante ter visto dois seres com características humanoides. Os seres, com aproximadamente dois metros de altura e cor verde-azulada, caminhavam na berma da estrada.

Segundo a testemunha, que estava de carro e passou apressadamente pelas duas figuras, o crânio dos extraterrestres afunilava a partir das orelhas e o pescoço era enrugado. Perto deles, atrás de um muro, uma luz laranja forte incidia e era percetível um ruído intenso.

Manuel Lima conta ainda que o motor do carro onde seguia sofreu perturbações e as luzes dos faróis diminuíram.

Avistamento alienígena em Gondomar

Já em Gondomar, em setembro de 1977, José Almeida de 38 anos, bancário, contou que estava a regar o jardim, por volta da 1h30 da manhã, quando avistou um vulto estranho com uma luminosidade intensa de cor cinza azulada. Na parte da cabeça tinha um quadrado branco que se destacava da luz alaranjada do resto do corpo, salienta o livro de Joaquim Fernandes.

O homem admite que ficou congelado com o pânico e fugiu para casa “pálido e arrepiado”.

Alien perto de escola em Gaia

De novo em Vila Nova de Gaia, a 6 de abril de 1978, na escola da Gervide, Maria João, de 11 anos, estava no intervalo da tarde, por volta das 17h, quando viu “um vulto preto em cima de um telhado de uma casa em ruínas”. O objeto de aproximadamente um metro, redondo e preto, desapareceu num fumo ligeiro, descreve a obra de Joaquim Fernandes.

Ao mesmo tempo, na escola, várias crianças testemunharam terem sentido dores de cabeça e falta de ar.

Duas outras crianças, após ouvirem a história, deslocaram-se ao local e avistaram a mesma figura que, entretanto, tinha voltado. As crianças admitem terem ficado com medo e fugido.

Vulto entre as cortinas do Colégio dos Órfãos

Por fim, em abril de 1978, o Colégio dos Órfãos, no Porto, registou a ocorrência de dois avistamentos. O primeiro, a 8 de abril, por Guilherme Isidro, de 13 anos. O jovem diz ter acordado com um vulto de um ser “comprido com aparentemente cabelo e com aspeto azulado”. O ser não abordou a criança e simplesmente desapareceu entre as cortinas.

O segundo caso remete a 20 de abril. Agostinho António, também de 13 anos, afirma ter acordado a meio da noite e visto um “homem alto a vaguear no quarto”. Passado uma hora, o ser humanoide foi atingido por um feixe de luz alaranjado e desapareceu.

Porto Canal

Capa do livro "De Outros Mundos", de Joaquim Fernandes

+ notícias: Porto

Já circulam no Porto os carros da STCP que fiscalizam o estacionamento abusivo

Na tarde desta quinta-feira, foi avistado um veículo da STCP na zona das Antas, no Porto, com dois colaboradores no seu interior a fiscalizarem as viaturas mal-estacionados em frente às estações e nos corredor BUS.

PSD de Matosinhos denuncia existência de ratos nos jardins públicos do concelho

O PSD de Matosinhos denunciou esta quinta-feira a presença de ratos em jardins públicos do município, acusando a presidente da autarquia, Luísa Salgueiro de “continuar a colocar em causa a saúde pública” apesar do alerta feito em fevereiro.

Zé Domingos, o Spiderman de Leça que entrou na discussão pelo Puskas

O próximo prémio Puskas pode estar a caminho de Leça da Palmeira. No passado dia 24 de março, Zé Domingos recebeu a bola no peito dentro da área de costas para a baliza e teve um momento de inspiração provavelmente único na carreira. “O meu instinto foi dominar para cima e fazer o pontapé de bicicleta”, contou o jogador do Leça ao Porto Canal. O que se seguiu está a correr o mundo do futebol.