Num clássico que foi antecedido de um minuto de silêncio para homenagear Fernando Gomes, o FC Porto não arrancou da melhor forma, mas deu uma resposta afirmativa que não ficou espelhada no resultado final (29-29). Com este desfecho, os Dragões passam a somar 30 pontos e mantêm-se na liderança do Andebol 1, com mais um ponto e um jogo do que o adversário desta tarde.

🤾‍♂️Resultado final no Pavilhão João Rocha, em Lisboa#FCPortoAndebol #FCPortoSports pic.twitter.com/x9yr4a3hYS

— FC Porto (@FCPorto) November 27, 2022

A primeira parte em Lisboa não começou como desejado. O arranque atribulado no que à finalização diz respeito (5 golos) espelhou uma desvantagem de cinco golos no marcador aos 20 minutos de jogo, ao passo que os 10 golos sofridos eram fruto da agressividade positiva do seis-zero portista (10-5).

Na derradeira dezena de minutos da etapa inaugural, o Sporting viu dois jogadores serem excluídos em ações consecutivas e o FC Porto, com ambição e experiência, subiu jogadores, aplicou uma defesa mista e aproveitou a vantagem numérica para concretizar um parcial de 5-0 com que empatou o encontro. Após um golo adversário e três ataques fracassados devido a falhas técnicas, Leonel Fernandes assumiu em cima da buzina e os portistas saíram empatados para o intervalo (11-11).

Além de FC Porto e Sporting, assumiu protagonismo aos 25 minutos a dupla de arbitragem, quando expulsou Victor Iturriza com um vermelho direto inaceitável, ainda mais com a justificação dada: o pivô portista foi imprudente ao contactar com as mãos o pescoço de um adversário – ação punível com exclusão por dois minutos –, mas é claro em todas as imagens disponibilizadas que nunca utilizou o cotovelo para esse mesmo contacto, como interpretado por Duarte Santos e Ricardo Fonseca.

No regresso dos balneários, para que se faça uma comparação, os Dragões precisaram apenas de oito minutos para marcar os mesmos cinco golos que concretizaram nos 20 primeiros. Muito se deveu ao 7x6 implementado por Magnus Andersson que, como todas as táticas, tem também as suas fragilidades: dois ataques consecutivos falhados à passagem dos 10 minutos resultaram num adiantamento fácil de 3 golos do oponente (19-16).

Com Daymaro e Mitrevski em destaque, os portistas reagiram de forma determinada e amealharam um parcial de 5-1 que lhes deu vantagem na partida. Mesmo com uma sanção disciplinar muito difícil de explicar que se seguiu para Nikolaj Laeso, os azuis e brancos conseguiram marcar por duas vezes sem sofrer e aumentaram para dois golos o resultado favorável (23-21), diferença que mantiveram até um minuto e meio do final.

Nesse momento do jogo, com o Sporting a atacar, Daymaro recuperou a posse da bola, Francisco Costa movimentou o tronco em direção ao luso-cubano, a dupla de arbitragem foi iludida e assinalou falta atacante do pivô – só o seria se o jogador do Sporting estivesse completamente parado –, o adversário empatou a partida e, já depois de Ignacio Plaza não ter conseguido ultrapassar Leonel Maciel, a equipa da casa colocou-se em vantagem. Com uma falta ostensiva da defensiva lisboeta, que deu direito a vermelho direito e livre de 7 metros, Jack Thurin foi para a linha de 7 metros e fechou o resultado final do clássico (29-29).

Os Dragões voltam às lides europeias na próxima quinta-feira. É tempo de reeditar um jogo especial da história recente: o FC Porto recebe o Magdeburgo no Dragão Arena (19h45, Porto Canal/FC Porto TV)