Portagens. Aumento em 2023 pode ser superior a 10%

Portagens. Aumento em 2023 pode ser superior a 10%
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Porto Canal

As concessionárias rodoviárias apresentaram ao Governo uma proposta de subida de 10,44%, o que significa aumentos que vão até dois euros por viagem nas autoestradas mais movimentadas. A viagem entre Lisboa e Porto pela A1 até ultrapassa esse valor, pois sobe 2,34 euros se o Governo não travar os aumentos. As concessionárias aceitam negociar.

“A atualização das taxas de portagem das concessões e subconcessão geridas pela Ascendi resulta diretamente da aplicação dos termos previstos nos contratos de concessão, com base na variação do IPC [Índice de Preços no Consumidor] de outubro do ano corrente versus outubro do ano anterior (concretamente 10,44%)”, avançou a concessionária numa resposta escrita à agência Lusa.

Na mesma linha, a Brisa referiu na passada sexta-feira ao jornal Eco que, “de acordo com o estipulado no contrato de concessão com o Estado, o preço das portagens para o próximo ano é calculado em função da inflação registada em outubro deste ano (retirando o efeito da habitação)”.

Ora, tendo em conta que a taxa de inflação homóloga registada em outubro foi de 10,44%, seguindo a lei «à letra» as taxas de portagem deverão aumentar na mesma proporção.

Real impacto na carteira dos portugueses 

Para colocar estes aumentos em perspetiva, enquanto atualmente uma viagem de Lisboa ao Porto num veículo de Classe 1 custa 22,20 €, em 2023 poderá custar mais 2,30 €, ou seja, 24,50 €.

Já uma viagem de Lisboa a Faro, que num veículo de Classe 1 custa 22 €, passará a custar 24,30 €.

Recorde-se que também o preço das portagens nas pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, em Lisboa, deverá aumentar consideravelmente: 25 cêntimos no primeiro caso e 20 cêntimos no segundo.

Caso tal se confirme, a portagem da Ponte 25 de Abril passará a custar mais de 2 euros para veículos de Classe 1.

O diretor de comunicação da maior concessionária de autoestradas do país, Franco Caruso, acrescentou, contudo, que “a Brisa mantém a disponibilidade para negociar com o Estado soluções mitigadoras”.

Da mesma forma, a Ascendi recorda que “as receitas de portagens daquelas concessões são propriedade do Estado português, pertencendo ao Estado a faculdade de determinar o valor final das taxas a cobrar”.

Os contratos de concessão estabelecem que as atualizações têm de ser enviadas ao Governo até 15 de novembro e a eventual negociação decorre até 15 de dezembro, data em que o Governo fixa os preços.

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