Horta, 09 jul (Lusa) - O vice-presidente do Governo dos Açores anunciou hoje que a região vai abrir 298 novas vagas na administração regional para responder a necessidades que estão a ser preenchidas com horas extraordinárias.

O anúncio foi feito no plenário do parlamento dos Açores, na Horta, durante um debate sobre o regresso da chamada remuneração complementar atribuída aos funcionários da administração regional aos valores de 2013, na sequência do chumbo dos cortes salariais nacionais pelo Tribunal Constitucional.

Este regresso da remuneração complementar aos valores de 2013 foi aprovado por unanimidade.

No entanto, os partidos da oposição insistiram ao longo do debate, chegando mesmo alguns a entregar propostas de aditamento nesse sentido, no pagamento aos trabalhadores da administração e das empresas públicas regionais dos valores das horas extraordinárias que lhes foram descontados da remuneração complementar entre janeiro e junho deste ano, ao abrigo de um artigo do orçamento regional de 2014.

O executivo açoriano e a maioria do PS no parlamento regional não acolheram, porém, essas propostas.

O Governo dos Açores justificou esse desconto do trabalho extraordinário da remuneração complementar com o objetivo de tornar pontuais as horas extraordinárias no setor público, preferindo contratar mais pessoas.

A este propósito, Sérgio Ávila revelou hoje que "nos próximos meses" serão abertas 298 novas vagas na administração pública açoriana, depois de ter sido feito um levantamento das necessidades que estão a ser preenchidas com horas extraordinárias.

Estas vagas não incluem pessoal docente e carreiras médicas, afirmou.

Em 2014, a remuneração complementar, também conhecida como subsídio de insularidade, foi aumentada e atribuída a funcionários que ganham até 3.050 euros.

Até dezembro de 2013, era atribuída até salários de 1.304 euros.

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