As obras de reabilitação da Capela-Mor estão prontas desde o final de janeiro de 2022. O projeto durou oito meses.

É um dos monumentos mais visitados da cidade do Porto e dos mais antigos. A Sé do Porto foi alvo de um processo de reabilitação com três fases distintas.

Ao Porto Canal, Jorge Pereira, que fiscalizou as obras, explicou que a primeira fase, orçada em 340 mil euros, consistiu na reabilitação da envolvente exterior, uma vez que a cobertura anterior tinha já cerca de 200 toneladas de “entulho” em cima da abóbada.

“Fizemos uma cobertura em telha com uma estrutura de apoio que não apoia na abóbada, mas sim nas paredes laterais. Portanto retirámos completamente a carga e as causas da patologias que se verificavam na abóbada”, explicou.

A segunda fase, com um orçamento na ordem dos 390 mil euros foi ao nível do tratamento da talha dourada no interior da Capela-Mor, assim como todos os trabalhos de pintura efetuados nas figuras morais e nos quadros da capela.

Já a terceira fase, orçada em cerca de 80 mil euros, consistiu na reabilitação estrutural do retábulo.

Outra alteração feita foi ao nível do pavimento. O chão da Capela-Mor foi, nos últimos anos, revestido por alcatifas, mas depois deste processo de reabilitação, os verdadeiros azulejos passaram a estar descobertos. “Nos últimos 40 anos que aqui estive, nunca tinha visto este chão”, explicou o vice-presidente do cabido da Catedral do Porto, Álvaro Mancilha.

“Ao todo trabalharam cerca de 45 pessoas em toda a obra de reabilitação”, disse Jorge Pereira ao Porto Canal que garantiu também que os orçamentos não foram ultrapassados, uma vez que “o projeto era excelente e previa tudo ao pormenor”.

O vice-presidente do cabido da Catedral do Porto explica que agora “é uma enorme vantagem poder oferecer o rosto da Sé do Porto rejuvenescido com todo este trabalho que foi efetuado” e relembra que a Sé é a igreja mãe de todas as igrejas da diocese do Porto e é também o monumento mais visitado pelos turistas.

Classificada como Monumento Nacional pela Direção-Geral do Património Cultural desde 1910, a Sé do Porto recebia antes do período pandémico “uma média de 30 mil visitantes por mês”.