Católica favorece admissão de aluno em Medicina por ser “descendente de beneméritos” da Instituição

Católica favorece admissão de aluno em Medicina por ser “descendente de beneméritos” da Instituição
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Porto Canal

A Universidade Católica Portuguesa divulgou o resultado das Candidaturas ao Mestrado Integrado em Medicina. Na lista é possível verificar que a instituição beneficiou a admissão de um aluno por ser "descendente em linha reta de beneméritos insignes” da Universidade, tendo o candidato em questão uma média inferior a alguns estudantes cuja admissão está "condicionada à existência de vagas". O caso tem gerado polémica nas redes sociais com várias pessoas a questionarem a honestidade do processo, referindo que favorece a "herança" face à "meritocracia".

O mês de setembro é decisivo para milhares de alunos em todo o país, com a admissão no Ensino Superior. Na Universidade Católica Portuguesa não foi exceção, até serem conhecidos os resultados das Candidaturas.

Contudo, o processo de admissão no Mestrado Integrado em Medicina tem gerado controvérsia nas redes sociais. Isto porque, de acordo com a lista divulgada, houve um aluno que foi admitido por ser "descendente em linha reta de beneméritos insignes da Instituição". O estudante com nota de Candidatura de 158,1 foi admitido com uma média substancialmente inferior a outras pessoas cuja entrada está condicionada à existência de vagas e que, em alguns casos, possuem uma média superior a um valor (168,9). O Porto Canal contactou a Universidade Católica Portuguesa e não obteve nenhuma resposta quando a instituição foi questionada sobre o assunto. 

Várias foram as vozes da revolta, alegando que o aluno em causa "está a ocupar um lugar não por mérito próprio, mas por herança. Segundo, se a Católica o admite por interesse, vai ser avaliado de forma justa? Não há um conflito de interesse?". é possível ler-se na rede social Twitter.

 

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Foi ainda referido que o processo de escolha descrito "está expressamente proibido pelo artigo 13 número 2 da constituição portuguesa", que afirma que "ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual".

De acordo com o regulamento da Universidade Católica Portuguesa considera-se "Descendentes de beneméritos insignes da UCP "Filhos ou netos de beneméritos insignes da Universidade (reconhecidos como tal pelo Conselho Superior da UCP), que se candidatem durante a vida do próprio".

A instituição reserva vagas supranumerárias, para os candidatos que, reunindo as condições gerais de acesso e não sendo admitidos pelo Regime Geral, se encontrem numa das seguintes situações: Candidatos com deficiência, Praticantes desportivos de alto rendimento (no ativo ou em pós-carreira), nos termos do DL 272/2009.

Nestas condições excecionais encontram-se ainda "descendentes de colaboradores permanentes da UCP" e "descendentes de beneméritos insignes da UCP".

 

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