CDS de Vila Verde participa ao Ministério Público privatização de escola

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Porto Canal / Agências

Vila Verde, 01 jul (Lusa) - O CDS-PP de Vila Verde vai participar ao Ministério Público o processo de privatização de 51 por cento do capital social da escola profissional do concelho, que considera "muito nebuloso", mas a Câmara (PSD) garante "absoluta transparência".

"Há muitas coisas que não cheiram bem em todo este processo, que mais parece um fato à medida para favorecer um lóbi, através de verbas e instalações públicas", disse hoje à Lusa o vereador do CDS-PP na Câmara de Vila Verde.

Daniel Cerqueira apontou, nomeadamente, o facto de o parceiro privado, escolhido através de concurso, ser uma empresa [Val d'Ensino] "criada exclusivamente" para o efeito, em janeiro de 2013, com um capital social de 1000 euros, mas que anuncia intenções de investimento na ordem dos 8 milhões de euros.

Essa empresa terá de entrar com 415 mil euros para o capital social da escola e vai pedir uma garantia bancária de meio milhão.

"Numa altura em que há tantas restrições no acesso ao crédito, como é que uma empresa que não tem qualquer património vai conseguir uma garantia dessas?", questionou.

A Câmara de Vila Verde aprovou na sexta-feira a entrada da Val d'Ensino no capital social da Escola Profissional Amar Terra Verde, após concurso público a que apenas concorreu a Val d'Ensino.

CDS-PP e PS votaram contra e um vereador do PSD não pôde participar na votação, por ter ligações à escola, mas a proposta foi aprovada graças ao voto de qualidade do presidente, António Vilela.

Atualmente, o capital social da escola é detido pelas câmaras de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro.

"Foi um processo absolutamente transparente, que respeitou todos os trâmites. O facto de ter aparecido um único concorrente é a melhor prova de que não era assim tão apetecível quanto algumas vozes querem fazer crer", disse à Lusa António Vilela.

Para o presidente da Câmara de Vila Verde, a proposta da Val d'Ensino aponta para "a afirmação, o crescimento e a internacionalização" da Escola Profissional Amar Terra Verde, num projeto que aponta, nomeadamente, para a criação da Escola Superior de Gastronomia.

A Val d'Ensino é uma empresa constituída por professores, quase todos a lecionar na Amar Terra Verde.

Vai ainda ficar responsável pela gestão e exploração do Complexo de Lazer de Vila Verde e das Piscinas da Vila de Prado.

"Isto contribui claramente para o aumento lucros da empresa, através da exploração de edifícios pertencentes ao Município de Vila Verde", critica o CDS-PP.

O PS de Vila Verde considera que a proposta da Val d'Ensino não apresenta "nenhum aspeto que em termos educativos e pedagógicos acrescente claras mais-valias" ao que já existe na escola, pelo que pedia a abertura de um novo concurso.

Os socialistas denunciam ainda o "caricato" de a Val d'Ensino, na proposta que apresentou a concurso, se apresentar como tendo 114 anos de experiência, "em resultado do somatório das experiências profissionais das pessoas e entidades suas constituintes".

"Este aspeto, só podendo ser entendido como uma graça, não abona nada em favor da credibilidade da proposta", refere o PS.

VCP // MSP

Lusa/fim

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