Nova administração do Hospital de Ovar entrou hoje em funções
Porto Canal / Agências
Ovar, 01 jul (Lusa) - O Hospital Francisco Zagalo, em Ovar, mudou hoje de administração e, sob a incerteza quanto ao futuro da unidade, dado que o Governo ponderava devolvê-la à Misericórdia, o novo presidente aponta como prioridade "melhorar o serviço".
A mudança na gestão do hospital vareiro deve-se à publicação hoje, em Diário da República, de um despacho que, no seguimento da cessação dos contratos dos anteriores elementos do conselho de administração (a 31 de dezembro de 2012), nomeia agora os seus sucessores.
A presidência da administração passa assim para o advogado Luís Vaz, que entre 2003 e 2005 assumiu as mesmas funções no Hospital de Nossa Senhora da Assunção, em Seia. Já a direção clínica da unidade foi entregue a Júlia Lopes Oliveira, enquanto o cargo de enfermeira-diretora ficou com Lúcia Dias Monteiro.
Em declarações à Lusa, Luís Vaz realçou que o novo conselho "deve obediência às políticas difundidas pelo Ministério da Saúde", mas assegurou que, "como ainda não está definido o que vai acontecer ao hospital", a sua prioridade, nesta fase, é "perceber que problemas existem, como é que se pode servir a população e, eventualmente, tentar melhorar o serviço já prestado".
Sobre a possibilidade de a gestão do Hospital Francisco Zagalo regressar à tutela da Santa Casa da Misericórdia de Ovar, o novo responsável pela unidade admitiu que "essas questões ultrapassam a competência do conselho de administração".
Luís Vaz reconheceu, contudo, que o tema é "uma preocupação" e, na expectativa de que possa encontrar-se "uma solução o mais consensualizada possível", anunciou a marcação de "reuniões urgentes" para debater o assunto com a presidência da câmara municipal, a direção do centro de saúde e a provedoria da Misericórdia.
"Há outro trabalho a desenvolver na nossa primeira linha de atuação, mas não vamos deixar de ouvir ninguém, para procurar resolver esse problema", afirmou.
A intenção do Governo de devolver o equipamento à Santa Casa de Ovar -- que, pouco recetiva a acolhê-la, considerava a hipótese de o passar para o Grupo de Misericórdias de Saúde -- tem sido contestada pelos trabalhadores.
AYC // ROC
Lusa/Fim