EUA anuncia 2,7 mil ME para assistência à segurança alimentar na África Subsaariana

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Porto Canal / Agências

O Departamento de Estado dos EUA reiterou hoje em comunicado o anúncio feito em junho, na cimeira do G7, sobre a atribuição de 2,76 mil milhões de dólares para assistência da segurança alimentar da África Subsaariana.

Aquela verba (cerca de 2,7 mil milhões de euros) faz parte do pacote global de 4,5 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros) anunciados pelo grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) para medidas que visam fazer face à "insegurança alimentar" provocada pela guerra na Ucrânia.

O comunicado em que se recorda o compromisso norte-americano foi divulgado quando o secretário de Estado Antony Blinken se encontra no continente africano para visitas à África do Sul, onde chegou domingo, e República Democrática do Congo e Ruanda.

"Os Estados Unidos estão a mobilizar recursos e a trabalhar em parceria com governos, instituições, empresas, cientistas e outros líderes africanos para prevenir a fome e combater a crise global de segurança alimentar, ao mesmo tempo que abordam as crescentes taxas de desnutrição, que mais atingiram duramente o continente africano", destaca o comunicado do Departamento de Estado.

Os 2,7 mil milhões de euros prometidos pelos EUA "ajudarão a proteger as populações mais vulneráveis do mundo e a mitigar os impactos da crescente insegurança alimentar e desnutrição, inclusive da guerra da Rússia na Ucrânia, construindo capacidade de produção e sistemas agrícolas e alimentares mais resilientes em todo o mundo, e respondendo às necessidades alimentares de emergência imediatas".

Referindo-se expressamente ao continente africano, o Departamento de Estado afirma reconhecer "a necessidade de ação imediata para evitar consequências de longo alcance".

"Destes 2,76 mil milhões de dólares, 760 milhões de dólares [745 milhões de euros] serão para assistência alimentar sustentável de curto prazo para ajudar a mitigar novos aumentos da pobreza, fome e desnutrição em países vulneráveis impactados pelos altos preços de alimentos, fertilizantes e combustíveis", detalha o comunicado.

O Departamento de Estado acrescenta "estar a trabalhar com o Congresso" para destinar 330 milhões de euros para programas bilaterais para países da África Subsaariana, incluindo o Burkina Faso, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Guiné-Conacri, Quénia, Libéria, Madagáscar, Malaui, Mali, Moçambique, Níger, Nigéria, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué e programas regionais na África Austral, África Ocidental e Sahel.

A concluir a nota, o Departamento de Estado anuncia que os EUA "forneceram hoje quase mil milhões de dólares [980 milhões de euros] especificamente para a República do Congo, Etiópia, Quénia, Mali, Moçambique, Nigéria, Somália, Sudão e Uganda" no quadro de um compromisso ainda a programar, no valor global de dois mil milhões de dólares [1,9 mil milhões de euros], para "assistência de emergência à segurança alimentar nos próximos três meses".

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