Touradas em Portugal: Porque não existe a tradição no Norte do país como no Centro e Sul?

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Porto Canal

As touradas são uma tradição muito antiga em Portugal e todo o mundo. Estima-se que em Portugal a primeira corrida de touros aconteceu em Lamego no ano de 1258.

Uma tradição que tem desaparecido do Norte do país ao contrário do centro e sul, o que pode estar relacionado com a maior presença da religião.

A história das touradas em Portugal já é antiga e terá começado em 1258. Pelo menos é nessa data que existe a primeira referência a uma atividade taurina no país que aconteceu em Lamego, mas há registos de mais touradas em Portugal.

Se recuarmos até à idade média vemos que, por exemplo, na cidade do Porto aconteceram vários espetáculos tauromáquicos, eventos que no século XIX acabaram por desaparecer com o fim da monarquia.

Os portuenses começaram a desinteressar-se pelo espetáculo e repudiavam o maltrato aos animais, uma atitude de levou à falência de centenas de empresas tauromáquicas e que provocou a demolição da praça de touros da Aguardente e Areosa.

Mas, se viajarmos até ao centro do país, esta cultura ainda hoje permanece, até porque não se imaginam as festas da Moita, Barrancos e Coruche sem a presença de touros. Mas, afinal, porque é que essa presença tão vincada não acontece também no Norte?

No Norte do país, mais recentemente, as principais praças de touros ficavam em Viana do Castelo e na Póvoa de Varzim, mas foram, entretanto, demolidas.

Foi a partir de 2019 que a praça de touros de Viana ficou inativa e mais tarde foi demolida para ser transformada num equipamento desportivo em 2023.

Situação semelhante na Povoa de Varzim, onde a praça de touros vai dar lugar a um pavilhão multiusos.

Mas não é só em Portugal continental que a tradição das touradas ainda permanece: na Região Autónoma dos Açores, a corrida de touros de praça continua a ser um dos momentos altos das Festas da Praia.

Uma tradição que vai além-fronteiras. Entre os países com mais afición taurina na Europa destacam-se França e Espanha onde já perderam a vida vários toureiros, entre eles Vítor Barrios em 2016.

Já no continente Americano, esta cultura está presente na Venezuela, Equador, Peru, México e Colômbia, um país que viu morrer pelo menos 60 pessoas em junho deste ano, após a queda de uma bancada de uma praça de touros, situação que levou o Presidente colombiano a pedir o fim de touradas.

Será “Arte” ou “forma de violência transformada em espetáculo”?

Em todo o mundo as touradas dividem opiniões, opõem sensibilidades e certamente vão continuar a provocar o debate sobre o futuro e a sobrevivência da tauromaquia.

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