Viseu tem a partir de hoje primeiro Conselho da Diáspora de carácter regional

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Porto Canal / Agências

Viseu, 23 jun (Lusa) -- O primeiro Conselho da Diáspora de caráter regional foi hoje constituído, em Viseu, no âmbito da estratégia de desenvolvimento económico e de internacionalização delineada pela Câmara.

"A diplomacia económica está hoje na ordem do dia e a cooperação com as comunidades portuguesas no mundo é uma oportunidade para o país e para a região de Viseu", frisou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, durante a cerimónia.

O Conselho da Diáspora de Viseu integra 15 empresários e investidores que estão presentes na Suíça, em França, no Luxemburgo, no Brasil, nos Estados Unidos da América, no Canadá e na África do Sul, em setores como o agroalimentar, a metalomecânica e o turismo.

Segundo Almeida Henriques, o município "olha com sentido estratégico e com sentido solidário para esta oportunidade".

"A nossa diáspora pode ajudar a 'cidade-região' de Viseu a colocar-se no mapa económico global e em rotas comerciais internacionais. Pode ser um porta-aviões ou uma jangada para a internacionalização de PME (Pequenas e Médias Empresas), de empreendedores e de produtores culturais, e para a atração de investimentos", considerou.

O objetivo é "dar a conhecer e a redescobrir o imenso potencial económico, comercial, cultural e turístico", no âmbito de "uma relação solidária de ganhos partilhados", sem pedir favores.

"Viseu é um concelho atrativo e é o motor de uma região com um potencial económico fortíssimo: potencial industrial, agroalimentar, vinhateiro, turístico e científico", realçou.

O autarca lembrou que Viseu é também "a maior aglomeração urbana do interior português, com 100 mil habitantes, e aquela que ao longo das últimas duas décadas mais cresceu em termos populacionais".

Por outro lado, beneficia "de uma posição geográfica privilegiada e estratégica, no cruzamento de eixos de comunicação com o litoral português e a região de Castilla y León", acrescentou.

Almeida Henriques congratulou-se por este ser o primeiro Conselho de Diáspora de caráter regional, fazendo votos para que o exemplo seja seguido noutros concelhos.

Ainda que reconheça um "grande potencial" das geminações no que respeita ao estreitar de relações, o autarca considerou que os municípios têm de "passar à fase seguinte", com iniciativas como a de Viseu.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, lembrou que, durante várias décadas, os portugueses e os seus descendentes foram-se espalhando por todo o mundo.

"Portugal não é um país pequeno, é um país grande. O que nos falta muitas vezes é a capacidade de percebermos a nossa dimensão", considerou, sublinhando a importância de iniciativas como esta para unir os portugueses que estão em Portugal com aqueles que estão no estrangeiro.

José Cesário sublinhou outras iniciativas que têm sido desenvolvidas com este objetivo, nomeadamente a criação do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, da Plataforma 560.pt e dos gabinetes de apoio ao emigrante já existentes em 95 municípios.

AMF // SSS

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