Descoberta de mais 17 mil toneladas de resíduos prolonga remoção em S. Pedro da Cova

Descoberta de mais 17 mil toneladas de resíduos prolonga remoção em S. Pedro da Cova
| Norte
Porto Canal com Lusa

 Os trabalhos de remoção dos resíduos perigosos depositados nas antigas minas de São Pedro da Cova, em Gondomar, vão ser prolongados, por terem sido identificadas mais 17 mil toneladas, foi hoje anunciado.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) adianta que a proposta de extensão de trabalhos visa a "conclusão em definitivo" da operação de remoção dos resíduos, e a retoma dos trabalhos no local sucederá após visto do Tribunal de Contas.

Esta extensão de trabalhos, cuja conclusão estava prevista para a primavera, resulta da "recente" identificação de mais 17 mil toneladas de resíduos no local.

Os resíduos perigosos agora identificados estão situados "em depressões do terreno com área e profundidade apreciáveis ou relativas a vários maciços ferrosos (também contaminados), com densidade cerca de cinco vezes superior à densidade média da massa dos resíduos", especificou a CCDR-N.

Para levar a cabo a extensão da empreitada, o Governo, através de uma resolução do Conselho de Ministros publicada a 27 de janeiro no Diário da República, autorizou a dotação de dois milhões de euros.

Os trabalhos deverão demorar quatro meses, isto após a obtenção do visto prévio do Tribunal de Contas.

A CCDR-N garante que "até à retoma dos trabalhos no local, manterá toda a área da intervenção devidamente vedada, assim como as vias de acesso e as infraestruturas de betão".

Também foi solicitada a colaboração da Câmara de Gondomar e da GNR "na sensibilização da população e na melhor e mais frequente vigilância do espaço envolvente até que estejam reunidas as condições de retoma plena dos trabalhos complementares previstos".

Até à data, foram removidos das antigas minas de São Pedro da Cova 275.300 toneladas de resíduos perigosos, num investimento superior de 27 milhões de euros, financiados pelo Fundo Ambiental e por fundos comunitários.

"Esta é a maior operação de sempre de recuperação de um passivo ambiental na região Norte. Só daremos por concluída esta operação quando sair de São Pedro [da Cova] o último camião de resíduos", refere o presidente da CCDR-N, António Cunha, citado na informação enviada à Lusa.

O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) é a entidade responsável pelos estudos de medição e caracterização dos resíduos perigosos.

A remoção destes resíduos naquela freguesia do concelho de Gondomar, distrito do Porto, começou em outubro de 2014, mais de 10 anos depois do depósito, numa fase inicial que terminou em maio do ano seguinte, com a retirada das primeiras 105.600 toneladas.

Ao longo dos anos, esta situação motivou perguntas e requerimentos de partidos políticos, bem como iniciativas locais como vigílias, concentrações e protestos, e o envio ao primeiro-ministro, António Costa, de milhares de postais com a frase "Remoção total dos resíduos perigosos em São Pedro da Cova já", acompanhada de imagens a simbolizar sinais de perigo.

A 26 de novembro do ano passado, em visita ao terreno, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, garantiu que a operação de remoção dos resíduos perigosos só terminará assim que tudo for retirado.

"Vai sair tudo deste local. São 160 mil toneladas. Só sairemos daqui quanto tiver saído tudo. Já vimos no mapa, num só lote havia seis parcelas onde havia esses resíduos. Em cinco, eles já estão completamente removidos e esta, atrás de nós onde estão as máquinas a trabalhar, é mesmo a última", garantia, à data, o governante.

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