Primeiro dia da competição marcado por protestos e sete feridos
Porto Canal
O primeiro dia do Mundial do Brasil ficou marcado pelos protestos em várias cidades do país contra a organização do torneio da FIFA e os custos elevados para os cofres do Estado, dos quais resultaram sete feridos.
Pelo menos quatro capitais de Estados brasileiros foram hoje palco de protestos, o mais numeroso dos quais ocorreu no Rio de Janeiro, com cerca de duas mil pessoas.
Mas os incidentes mais graves ocorreram em São Paulo, onde a polícia reprimiu um grupo de manifestantes mascarados com gás lacrimogéneo e balas de borracha.
Em São Paulo, a cidade da partida inaugural do Mundial, entre o Brasil e a Croácia (3-1), pelo menos sete pessoas ficaram feridas, entre as quais dois jornalistas norte-americanos da estação de televisão CNN, durante uma manifestação reprimida pela polícia nos arredores do estádio antes da chegada dos adeptos.
No Rio de Janeiro o protesto foi pacífico durante cerca de duas horas, até que um grupo de manifestantes se envolveu em confrontos com a polícia que recorreu a gás lacrimogénio para dispersar a manifestação.
A repressão policial em São Paulo já mereceu críticas por parte da Amnistia Internacional, segundo a qual a polícia brasileira recorreu ao uso “desmesurado da força”.
Os protestos contra a organização do Mundial estenderam-se também a outras cidades brasileiras, como Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Belo Horizonte (Minas Gerais) e Fortaleza (Ceará).
O Mundial disputa-se me 12 cidades brasileiras e prolonga-se até 13 de julho, dia da final no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.