A equipa de hóquei em patins do FC Porto regressou de Tomar com uma igualdade a dois e com cinco cartões azuis. Numa partida relativa à jornada 12 do campeonato, que a terceira equipa transformou num festival de exclusões, os líderes da prova foram para o intervalo a perder 2-0 e só recuperaram o prejuízo na reta final do encontro, muito por culpa da pontaria e da frieza de Gonçalo Alves. Graças ao ponto trazido do Ribatejo, os Dragões mantêm o primeiro posto independentemente do que suceda no dérbi da capital desta quinta-feira.

Num jogo que opunha o primeiro classificado (dois pontos à frente do Sporting) ao quinto (com a mesma vantagem sobre o Benfica), o FC Porto entrou mais perigoso e ainda foi capaz de resistir à bola parada fruto um cartão azul insólito visto por Xavi Malián logo a abrir as hostilidades. Só que o SC Tomar aproveitou o powerplay, e a ausência do guardião campeão da Europa, para se adiantar num dos ataques seguintes. Na resposta, de livre direto, Gonçalo Alves não foi capaz de concretizar à primeira nem à segunda, mantendo a diferença mínima e o desacerto que havia mostrado da marca de penálti ao quarto minuto. Até ao intervalo ainda houve tempo para mais um cartão azul grotesco mostrado a Telmo Pinto, que Tomás Moreira transformou em golo.

Com apenas duas faltas, e outras tantas exclusões, o FC Porto regressou das cabines a necessitar de acertar na baliza e do acerto dos árbitros. Mas tal não aconteceu. Antes de uma extensa paragem motivada por problemas na estrutura do rinque, Rafa tornou-se no terceiro portista sancionado com uma cartolina azul sem nexo e com os respetivos dois minutos de suspensão. Primeiro Mali e depois o ferro negaram o bis de bola parada a Tomás Moreira. A dez minutos do término da contenda, Gonçalo Alves fez o que melhor sabe e reduziu para 2-1. Numa rara altura em que os Dragões se encontravam em superioridade numérica, o grande artilheiro português pousou o joelho na pista, trocou de mão e disparou rasteiro para o fundo das redes da casa.

Imediatamente a seguir foi a vez de Reinaldo García se estrear no vasto leque de atletas admoestados com a sanção de dois minutos - uma decisão que só Paulo Carvalho e Teófilo Casimiro poderão tentar explicar. Inconformado com o rol de decisões da equipa de arbitragem e com a igualdade no marcador, o FC Porto aumentou o ritmo e partiu para cima do SC Tomar. Porém, na sequência de um contra-ataque a cinco segundos do apito final, os juízes mostraram o sétimo cartão azul da tarde, novamente a Telmo Pinto, e os tomarenses beneficiaram de outro livre direto. Na conversão, Rúben Sousa errou o alvo e Xavier Malián afastou o perigo, mantendo o resultado em 2-2.