Estádio do Dragão atinge a maioridade
Porto Canal com fcporto.pt
O Estádio do Dragão atinge a maioridade esta terça-feira. A 16 de novembro de 2003, o FC Porto mudava-se de armas e bagagens para o novíssimo anfiteatro azul e branco e a aura vitoriosa trazida das Antas manteve-se intacta no reduto a que os portistas chamam casa há 18 anos.
Desde essa data marcante na história do clube, o FC Porto conquistou 26 títulos e fez do Dragão o mais bem-sucedido recinto nacional no ativo. No panorama europeu, só o Camp Nou (Barcelona), a Allianz Arena (Bayern Munique) e o Parque dos Príncipes (Paris Saint-Germain) festejaram mais conquistas do que a fortaleza da Invicta.
Entre os números e nomes incontornáveis do Dragão sobressaem os de Sérgio Conceição, Helton, Jackson Martínez, Alex Telles ou Pepe, mas há tantas figuras do futebol com uma ligação umbilical ao novo estádio do FC Porto… Que o diga Lionel Messi, que fez a estreia como sénior na noite da inauguração e regressou - dez anos e quatro Bolas de Ouro depois - ao palco dos sonhos de todos os portistas para o jogo de despedida de Deco.
À data do 18.º aniversário de um anfiteatro onde já moram títulos como a Liga dos Campeões, a Taça Intercontinental, a Liga Europa, a Liga Portuguesa, a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira, Sérgio Conceição (111 jogos) e Helton (159) são o treinador e o jogador que mais vezes pisaram o relvado do Dragão.
Com 49 golos, Jackson Martínez mantém-se como o grande artilheiro do estádio - um registo que se encontra longe de estar ameaçado e que nem sequer pôde contar com o auxílio do melhor fornecedor, Alex Telles (41 assistências). Porque o assunto são remates certeiros, o mais tardio continua a ser pertença do lateral esquerdo goleador, aos 117 minutos do embate contra a Roma em 2019, e o mais rápido a Hulk, logo ao segundo 45 da receção ao CSKA Moscovo em 2011.
Maniche foi o autor do primeiro golo oficial da história do Dragão - 83 dias depois da inauguração do estádio - e, em outubro de 2020, Pepe tornou-se o atleta mais velho a marcar com a camisola azul e branca na nova casa (37 anos, 7 meses e 7 dias). Dos 934 tentos que as bancadas festejaram, 455 foram marcados com o pé direito, 262 de pé esquerdo, 198 de cabeça e 19 com outras partes do corpo, entre os quais oito de calcanhar. Tal como era tradição nas Antas, a baliza Sul (497 golos) continua a ser talismã para o FC Porto.
Hoje mais do que nunca, os olhos dos portistas brilham quando contemplam a imponente obra na zona Oriental da cidade do Porto. Quanto à vontade de regressar a casa, essa pode ser saciada já no próximo sábado (20 de novembro, 20h15), quando o FC Porto receber o Feirense na terceira eliminatória da Taça de Portugal.