Vila Real quer promover carne maronesa produzida por 1.300 famílias

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 26 jun (Lusa) -- A Câmara de Vila Real e a Associação de Criadores do Maronês apresentaram hoje uma estratégia de promoção e divulgação da carne de vitela maronesa, uma atividade da qual ainda vivem 1.300 famílias.

Numa altura em que se verificam alguns casos de abandono setor, devido ao envelhecimento dos produtores e às novas obrigações fiscais, o município e a cooperativa querem aumentar o consumo deste "ícone" do concelho transmontano.

O presidente da Associação de Criadores, Virgílio Alves, referiu que ainda existem 1.300 famílias que se dedicam a produção de carne maronesa.

No entanto, acrescentou que o envelhecimento dos produtores e as novas obrigações fiscais estão na origem de alguns casos de abandono da atividade.

"A obrigatoriedade de todos estes produtores, mesmo que vendam apenas um vitelo, de estarem coletados, pode não ser um encargo muito acrescido em termos de custos, mas é um aspeto burocrático muito complicado para quem, muitas vezes, é analfabeto ou tem dificuldade em perceber as normas e as leis", frisou.

O vice-presidente da autarquia, Domingos Madeira Pinto, salientou a "aposta clara no desenvolvimento rural" que é feita com esta estratégia.

"Aqui marcamos uma posição de que o setor primário é uma área nevrálgica para nós trabalharmos", afirmou o autarca.

Para Virgílio Alves, este plano é o contributo que a associação sem fins lucrativos "há muito esperava e ambicionava" por parte do município.

Através deste projeto, que custou cerca de 40 mil euros financiados por apoios comunitários, foi criada uma plataforma interativa, em suporte informático e onde está incluída toda a informação sobre a vitela, ainda um livro com 40 receitas feitas com base neste produto de denominação de origem protegida (DOP).

Foram ainda criados três 'outdoors', instalados no centro histórico de Vila Real, onde se alia à maronesa mais dois produtos tradicionais do concelho: o linho de Agarez e o barro negro de Bisalhães.

Em julho, vai ainda decorrer o Festival da Carne Maronesa nos sete restaurantes da cidade que podem servir este produto certificado.

"Vamos esperar que esta divulgação da carne pela cidade a leve a todos os lares, não digo todos os dias porque é sempre um produto mais caro, mas num dia de festa por exemplo", salientou Virgílio Alves.

Sessenta por cento da produção de carne maronesa é consumida na região. Mas, o presidente da cooperativa quer aumentar esse número, quer que os consumidores venham a Vila Real de propósito para comer vitela, à semelhança do que acontece na Bairrada com o leitão.

"Isto iria mexer com toda a economia local, com os restaurantes, os nossos produtores de vinho, de batata ou legumes. Isto pode ser uma âncora de um desenvolvimento de outros produtos que de outra forma têm dificuldade em serem vendidos", salientou.

A base geográfica da exploração da raça maronesa engloba as regiões naturais das serras do Alvão e do Marão, o vale da Campeã, a veiga de Vila Pouca de Aguiar e a Padrela, num total de 14 concelhos e 300 freguesias.

PLI // JGJ

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