Evento deve ser não um ponto de chegada, mas sim de partida - Sassoli

| Política
Porto Canal com Lusa

Porto, 08 mai 2021 (Lusa) -- O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, defendeu hoje perante os líderes europeus que a Cimeira Social do Porto seja "não um ponto de chegada, mas um ponto de partida" para criar uma "agenda social renovada" na União Europeia.

"Esta importante cimeira não deve ser um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida para abrir este processo, que conduzirá à implementação da agenda social renovada, que juntos aqui acordámos", afirmou David Sassoli, perante os líderes da UE no Conselho Europeu do Porto, que hoje decorre no Palácio de Cristal.

Para o líder da assembleia europeia, "é chegado, portanto, o momento de fazer um balanço das lições aprendidas com a pandemia e de construir sociedades resilientes e prósperas no futuro".

"O Parlamento acredita que temos a legislação e os meios financeiros, precisamos agora de verdadeira vontade política e empenho de todas as autoridades responsáveis para tornar os direitos sociais uma realidade para todas as pessoas na UE", salientou David Sassoli, intervindo na cimeira informal organizada pela presidência portuguesa do Conselho.

Vincando que "a proclamação social do Pilar Europeu dos Direitos Sociais em Gotemburgo, em 2017, foi um evento sem precedentes", o responsável italiano concluiu que "o mesmo aconteceu com a Cimeira Social no Porto".

"Agora é o momento de dar um passo em frente em conjunto, em termos de concretização, ambição, objetivos e direitos sociais", concluiu David Sassoli.

A Cimeira Social decorreu na sexta-feira, juntando no Porto líderes políticos, institucionais e parceiros sociais para definir a agenda social da Europa para a próxima década.

Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social teve no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, em risco de pobreza e exclusão social.

"Os nossos cidadãos esperam muito da recuperação que estamos a preparar. Esperam que tenha uma forte impressão social, com o objetivo de corrigir as desigualdades, relançar o trabalho de qualidade e acompanhar todos na grande transição que nos espera", disse ainda David Sassoli.

ANE // ANP

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