Assis acusa PCP e Bloco de atacarem PS em vez do Governo

Assis acusa PCP e Bloco de atacarem PS em vez do Governo
| Política
Porto Canal

O cabeça de lista socialista às europeias, Francisco Assis, acusou hoje PCP e Bloco de Esquerda de atacarem o PS em vez de canalizarem energias contra um Governo de "direita" que segue uma ideologia "extremista ultraliberal".

Assis falava no encerramento de um comício do PS em Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, num discurso seguido atentamente pela plateia e que terminou com risos quando o dirigente socialista sugeriu a Paulo Portas que empreste o relógio do CDS ao "número um" da Aliança Portugal, Paulo Rangel, "já que ele está há cinco anos parado no tempo".

Perante um auditório cheio, numa intervenção que se seguiu à do ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira (sétimo da lista europeia do PS), Francisco Assis recebeu uma prolongada salva de palmas quando criticou o PCP e o Bloco de Esquerda por centrarem a sua ação política no ataque ao PS.

"Infelizmente, parece que os partidos situados à nossa esquerda se enganam outra vez em relação ao adversário principal. É lamentável verificar que canalizam mais energias para atacar o PS do que para atacar a direita e este Governo extremista que está a conduzir para um verdadeiro desastre", declarou o cabeça de lista socialista.

Na sua intervenção, o "número um" socialista deixou uma mensagem ao PCP e Bloco de Esquerda.

"Não se enganem neste momento em relação ao adversário principal, não incorram na falácia (que tantas vezes teve resultados negativos) de fazer crer que não há diferenças entre o PS e esta direita extremista, porque todos os portugueses, incluindo muita gente do PCP e do Bloco, sabe bem na carne que há diferenças entre esta direita extremista e o PS", afirmou.

Antes, o "número um" do PS para o Parlamento Europeu tinha feito um ataque cerrado ao executivo PSD/CDS, sustentando que "grande parte" da crise que Portugal atravessa se deve às políticas erradas do atual Governo

"É claro que o país [em 2011] já vivia numa crise importada pela situação internacional e é verdade que o Governo socialista teve a experiência da dificuldade desses tempos. Mas esta nova maioria aplicou uma dose elevadíssima de austeridade, seguindo a teoria da austeridade expansionista", advogou o ex-líder parlamentar do PS na última direção liderada por José Sócrates (2009/2011).

Neste contexto, Assis acusou o Governo de ter provocado recessão, destruição do tecido económico, destruição da classe média, desemprego e de ter lançado "muita gente para a miséria".

"Este Governo atacou cirurgicamente os funcionários públicos no âmbito de uma campanha ideologicamente orientada para o ataque ao Estado, e atacou os pensionistas transmitindo-lhes a ideia que estavam a mais na vida nacional. Alguns neste país, muito poucos, tornaram-se mais ricos. Tudo isto em escassos três anos", apontou Assis, antes de procurar caraterizar a alegada linha de orientação ideológica do executivo PSD/CDS.

"Tudo isto foi motivado por uma cegueira ideológica. Este é um Governo ultraliberal, que desvaloriza o Estado e pouco preocupado com a igualdade de oportunidades. Este é um Governo absolutamente extremista", acrescentou.

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