Conselho Regional do Norte quer "justa distribuição" de fundos comunitários

Conselho Regional do Norte quer "justa distribuição" de fundos comunitários
| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente do Conselho Regional do Norte disse hoje que é tempo de a região ser vista pelos decisores políticos como uma "luz" e não como uma "bola de chumbo", defendendo uma distribuição justa dos fundos comunitários no país.

"É tempo de dizermos que é importante que o Norte passe a ser visto pelos decisores como uma luz no país e não como uma espécie de bola de chumbo que está nos tornozelos de Portugal. Nós não somos um peso, nem queremos ser, nem nunca fomos um peso para o desenvolvimento de Portugal", afirmou Miguel Alves, em declarações aos jornalistas no final da reunião do Conselho Regional que contou com a participação, por videoconferência, da ministra da Coesão, Ana Abrunhosa.

O órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) aprovou esta tarde, com 62 votos a favor e duas abstenções, uma deliberação que apela ao Governo que garanta a afetação de pelo menos 50%" do Portugal 2030 e o reforço da autonomia.

"É de inteira justiça para a região pelo trabalho que vamos fazendo, alavancando tudo o que tem a ver com a indústria, com a manufatura, com a produção industrial, mas também o facto de sermos charneira na criação de emprego aqui na nossa região", afirmou, salientando que o Norte que é "a locomotiva" do país.

Atualmente, no Portugal 2020, essa percentagem situa-se pouco acima dos 40%.

"Vem muito dinheiro da Europa nos próximos tempos, vem mesmo muitíssimo dinheiro e esse dinheiro tem de ser bem utilizado. Nós não podemos continuar nesta espécie de sina em que o Norte continua a ser a região mais pobre do país, com todas a sub-regiões abaixo dos 75% de rendimento per capita e continuar a fazer o mesmo que sempre fizemos, porque se continuarmos a fazer exatamente o mesmo que sempre fizemos vamos ter o mesmo resultado", lamentou.

Para além da dotação, o autarca sublinhou que são necessários instrumentos que permitiam concretizar projetos e que ajudem a catapultar a região.

"Nós temos é de ter mais capacidade para investir, é mais dinheiro naturalmente, o dinheiro justo, mas também instrumentos para sermos eficazes, instrumentos que nos façam levar por diante os projetos que sonhamos há anos e que ajudam a catapultar a região e catapultando a região, se nos já somos a força motriz, se nós já fomos a locomotiva, se nós já criamos mais emprego, imagine a exportar ainda mais, a criar ainda mais emprego, a fazer subir o rendimento do pais", advogou.

Questionado pelos jornalistas sobre a recetividade da ministra Ana Abrunhosa ao documento, Miguel Alves indicou que a governante vai ter de analisar "naturalmente" a deliberação, contudo mostrou-se recetiva a que a região dê "um passo mais".

"Agora esperamos pelos próximos sinais, pelas decisões que vem sendo tomadas. Há pelo menos dois sinais que poderiam ser dados nos próximos meses que nos deixariam satisfeitos, podermos puxar a unidade de missão que vai gerir o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aqui para o norte, ou poder fazer a sede de Banco de Fomento aqui também uma das cidades do Norte, seria um sinal muito interessante", rematou, sublinhando, no entanto, que esta não é uma questão estrutural.

+ notícias: Norte

Há 400 presépios para ver em Barcelos

Em Barcelos desde o início deste mês que estão em exposição em vários espaços mais de 400 presépios de artesãos do concelho. Uma óptima oportunidade para conhecer mais e melhor do artesanato barcelense.

Pena de 25 anos de prisão para seis envolvidos na morte de empresário de Braga

O Tribunal de São João Novo, no Porto, aplicou esta quarta-feira 25 anos de prisão, a pena máxima, a seis envolvidos em 2016 no sequestro e homicídio de um empresário de Braga, cujo corpo acabou dissolvido em ácido sulfúrico.

População de Lamego insatisfeita com o encerramento de dois jardins de infância

No próximo ano letivo vão encerrar dois jardins de infância no concelho de Lamego. A autarquia justifica a decisão pelo número reduzido de alunos mas a população das freguesias afectadas não aceita a decisão e promete lutar contra o encerramento.