Costa avisa que desconfinar a conta-gotas não é sinónimo de sair e fazer tudo

Costa avisa que desconfinar a conta-gotas não é sinónimo de sair e fazer tudo
| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 15 mar 2021 (Lusa) - O primeiro-ministro salientou que o início da primeira fase do desconfinamento, hoje, não é sinónimo de sair e fazer tudo, advertindo que a pandemia ainda é grave e que na Páscoa mantém-se o dever geral de recolhimento.

Estes avisos sobre a situação sanitária do país foram transmitidos por António Costa numa mensagem que publicou na sua conta pessoal na rede social Twitter.

"Entramos hoje na primeira fase do desconfinamento que tem de ser muito prudente, gradual e a conta-gotas. E conta-gotas não é sinónimo de sair e fazer tudo o que gostaríamos de fazer como se não atravessássemos ainda uma grave pandemia", assinalou.

Na sua mensagem, o primeiro-ministro observou depois que, em matéria de contenção da covid-19, "esta é uma fase bastante exigente".

"Recordo que até à Páscoa, inclusive, mantém-se o dever geral de confinamento. Não podemos correr riscos e deitar tudo a perder. A vida e a saúde estão em primeiro lugar", acrescentou.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na quinta-feira o plano de desconfinamento, que disse ser "a conta-gotas" e que prevê a abertura na próxima segunda-feira de creches, ensino pré-escolar e escolas do primeiro ciclo do básico, sendo reaberto ainda o comércio ao postigo e estabelecimentos de estética como cabeleireiros.

O plano prevê novas fases de reabertura em 05, 19 de abril e 03 de maio, mas as medidas podem ser revistas se Portugal ultrapassar os 120 novos casos de infeção pelo novo coronavírus por dia por 100 mil habitantes a 14 dias, ou, ainda, se o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapassar 1.

A deslocação entre concelhos para a generalidade da população continua interdita nos dois próximos fins de semana e na semana da Páscoa (26 de março a 05 de abril), e o dever de recolhimento domiciliário vigora até à Páscoa.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.649.334 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.684 pessoas dos 814.257 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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