UGT exige subida "urgente" do salário mínimo sem qualquer contrapartida
Porto Canal / Agências
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse hoje que o Governo não pode fazer depender a subida do salário mínimo nacional de novas medidas laborais.
"Não estamos de acordo em integrar o salário mínimo num pacote mais amplo. O salário mínimo não tem de ser objeto de uma nova discussão em sede de concertação social, tem de ser uma decisão do Governo em implementá-lo rapidamente (...) Queremos o aumento urgente do salário mínimo nacional", disse hoje Carlos Silva, na sede da UGT em Lisboa, após a reunião do secretariado nacional da central sindical.
A UGT quer, assim, que o Governo aumente em 15 euros o salário mínimo nacional (atualmente em 485 euros) sem que para isso exija contrapartidas.
Carlos Silva lembrou que, num momento em que o Executivo português se mostra reticente em aumentar o salário mínimo para 500 euros, na Alemanha entra a 1 de janeiro de 2015 o salário mínimo de 8,5 euros por hora, o que corresponde a 1496 euros por 22 dias de trabalho a oito horas por jornada.
Questionado sobre o elogio do primeiro-ministro, Passos Coelho, aos parceiros sociais, o responsável da UGT disse que "não basta elogiar, é preciso passar das palavras aos atos" e que pelo "contributo que [a central sindical] deu para a paz social nos últimos três anos" merecia "outro respeito pela parte do Governo".
"Queremos que o Governo venha ao nosso encontro e diga que o nosso esforço vai ser premiado e que vai desbloquear a contratação coletiva e aumentar o salário mínimo nacional", afirmou o dirigente sindical.