MNE do Equador diz que receios de Assange de detenção pelos EUA "têm fundamento"
Porto Canal / Agências
Seul, 21 jun (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, Ricardo Patiño, considerou hoje que os receios do fundador do Wikileaks, Julian Assange, de ser detido pelos Estados Unidos "têm fundamento", em declarações à Efe em Seul.
"Esta é uma das razões pelas quais lhe demos asilo", afirmou Patiño, a propósito das declarações recentes de Assange, que afirmou que não abandonará a representação equatoriana em Londres até que seja retirado o pedido de extradição da Suécia, devido ao risco de detenção e entrega aos Estados Unidos.
O fundador de Wikileaks cumpriu recentemente um ano de asilo político na Embaixada do Equador na capital britânica para não ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.
Patiño acordou na segunda-feira em Londres com o seu homólogo britânico, William Hague, criar uma comissão conjunta de juristas, com a qual o chefe da diplomacia pretende conseguir um salvo-conduto que permita a Assange viajar para o Equador e aí conseguir asilo político.
"Perguntámos ao Governo britânico até quando o senhor Assange vai estar privado da sua liberdade", comentou o ministro equatoriano, que classificou o seu apoio ao fundador do Wikileaks frente a importantes países como Reino Unido e Estados Unidos como a luta de "David contra Golias".
Ricardo Patiño termina hoje uma visita de quatro dias à Coreia do Sul orientada para elevar a cooperação entre os dois países, especialmente no âmbito comercial.
Esta tarde o ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, parte para o Vietname, numa viagem que também o levará à Malásia e Singapura.
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