PS/Porto exige que Governo esclareça quando vai concluir o Centro Materno Infantil

| Norte
Porto Canal com Lusa

A concelhia do PS/Porto exigiu hoje que o Governo revele "o calendário" previsto para completar o Centro Materno Infantil do Norte, acusando-o de tudo ter feito para "sabotar" a obra e pretender inaugurá-la incompleta este mês por motivos eleitoralistas.

"O que vai ser inaugurado é uma obra que ainda está incompleta e nós exigimos que o Governo explique qual é o calendário para a completar, designadamente para requalificar o edifício da Maternidade [Júlio Dinis] e para construir o parque de estacionamento, que é um equipamento indispensável porque passarão a vir aqui todos os dias milhares e milhares de pessoas", afirmou o líder da concelhia em declarações aos jornalistas no Porto.

Segundo Manuel Pizarro - que é também vereador no executivo da Câmara do Porto presidido por Rui Moreira e hoje descerrou frente à obra um cartaz do PS/Porto dizendo "Centro Materno Infantil: Este Governo não queria. Mas o Porto venceu" -- o executivo, "durante estes três anos, fez tudo o que podia para sabotar" a infraestrutura.

"Não financiou o Centro Hospitalar do Porto (CHP) - que tem aliás um grave problema de sustentabilidade financeira porque não recebeu ainda nenhum dinheiro do Estado português para esta obra - e atrasou-a", disse, salientando que "aquilo que vai ser inaugurado esta semana devia ter sido inaugurado há seis meses e com a obra completa".

O PS/Porto acusou o Governo de "aproveitar, agora, a campanha eleitoral para as europeias para vir fazer uma festa e fingir que completou a obra", inaugurando-a sem o parque de estacionamento de 314 lugares previsto, numa zona muito congestionada da cidade e numa atitude de "irresponsabilidade" que pode causar "gravíssimos problemas de trânsito e de mobilidade" naquela zona da cidade.

"O sr. ministro da Saúde foi dizendo, durante estes três anos, que o Centro Materno Infantil era um erro de planeamento. Eu devolvo-lhe, inteirinha, essa acusação. Erro de planeamento é o do Ministério da Saúde, que vai abrir a obra apenas a meio", sustentou Pizarro.

Assegurando que o Porto não vai comprar "gato por lebre", o líder da concelhia socialista exige "que o projeto do Centro Materno Infantil seja levado até ao fim, porque só assim é que, articuladamente, pode funcionar em benefício das pessoas".

Neste momento, disse, a obra está parada "porque o Governo não transfere dinheiro para o CHP, que que não tem condições para a continuar": "A comparticipação nacional é superior a 20 milhões de euros e, até agora, foi feito zero de transferência para o Hospital de Santo António. O que foi feito foi com dinheiros comunitários e fundos próprios do Hospital de Santo António, causando, evidentemente, problemas de tesouraria a esse hospital", acusou.

"Mas pode ser que a vinda do senhor ministro [da Saúde] e, aparentemente, do sr. primeiro-ministro seja uma ocasião para nos explicarem como é que vão acabar a obra", acrescentou, assegurando que o Porto "não se vai calar" e irá "exigir que o projeto seja realizado na sua totalidade".

O Centro Materno Infantil do Norte, integrado no CHP, está previsto desde 1991 e é uma obra orçada em mais de 40 milhões de euros, com financiamento comunitário de 21,7 milhões.

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