Longa Vida reafirma não ter dados que liguem presença de 'legionella' a surto a Norte
Porto Canal com Lusa
A empresa de produtos lácteos Longa Vida, em Matosinhos, reafirmou hoje não ter informação sobre a correlação entre a presença da bactéria de 'legionella' nas suas torres de refrigeração e a origem do surto no Grande Porto.
“A Longa Vida não recebeu nenhuma notificação, de qualquer autoridade, que a informe sobre o estabelecimento de uma correlação entre a bactéria detetada nas torres de refrigeração do seu centro de distribuição – encerradas desde 11 de novembro –, e as pessoas afetadas por este surto”, frisou a Longa Vida, em comunicado.
A empresa presume, por isso, que as investigações continuam.
Expressando a sua solidariedade a todos os atingidos por este surto no Grande Porto, a Longa Vida garantiu que continuará a “apoiar totalmente” a ação das autoridades até ao termo das investigações.
A 20 de novembro, esta empresa revelou que as autoridades de saúde detetaram a presença de 'legionella', no dia 10, nas torres de refrigeração do seu centro de distribuição.
E, já nessa altura, a empresa de produtos lácteos disse não ter recebido “informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto.
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte revelou hoje uma “diminuição acentuada” de casos de 'legionella', desde que foram desligadas as torres de refrigeração de uma indústria em Matosinhos onde foi detetada a bactéria, sem revelar o nome da entidade em causa.
“Desde que foi suspenso o funcionamento das referidas torres de refrigeração verificou-se uma diminuição acentuada do número de casos de doença dos legionários, na referida área geográfica”, refere a ARS/Norte, em comunicado.
A ARS acrescenta, no comunicado, que o funcionamento das torres de refrigeração dessa mesma indústria, sem dizer qual, se mantém suspenso por precaução.
Decorridos os 14 dias do período de incubação da doença, não ocorreu nenhum novo caso, sublinhou a administração de saúde.
A ARS/Norte acrescentou ainda que os últimos dois casos notificados correspondem a doentes cujo início de sintomas se verificou na primeira quinzena de novembro.
“Tendo em conta que a 'legionella' é uma bactéria ubíqua, é expectável que surjam novos casos não associáveis a este 'cluster'”, ressalvou.